Em 10/09/2015 às 22h02 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Polícia Civil fiscaliza Cataguases de Papel por suspeita de crime ambiental

Cataguases de Papel foi alvo de nova investigação por prática de crime ambiental

Cataguases de Papel foi alvo de nova investigação por prática de crime ambiental

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A Polícia Civil de Cataguases, através do delegado titular, Guttemberg de Souza Filho e sua equipe, fez na tarde desta quinta-feira, 10 de setembro, uma fiscalização na Indústria Cataguases de Papel, partindo de denúncias de que aquela empresa não estaria cumprindo a legislação ambiental. O delegado se fez acompanhar também de quatro peritos, dois deles ambientais, que periciaram o local e toda a equipe permaneceu na sede da empresa por cerca de duas horas. Ao sair levou para prestar depoimento na delegacia o advogado e administrador da empresa, Fábio Ferreira Guedes da Costa.

imageEm entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes, Guttemberg de Souza Filho (foto) falou o que encontrou na Cataguases de Papel. "Nós constatamos algumas irregularidades, dentre elas a falta de documentação para a operação das atividades da empresa, como licença de instalação, licença de operação, alvará de corpo de Bombeiro, contrato social, enfim, uma série de documentos que os responsáveis não estavam de posse", revelou. Diante disso, o delegado revelou que o responsável pela Cataguases de Papel foi conduzido até à Delegacia onde foi tomado seu depoimento, lavrado um TCO - Termo Circunstanciado de Ocorrência - e lhe dado um prazo de dez dias para apresentar toda a documentação. "Se não apresentar poderá resultar no fechamento daquela empresa", salientou Gutttemberg. (veja ao final desta matéria o vídeo com a entrevista na íntegra)

O delegado destacou que por conta da falta desta documentação a empresa vem funcionando "de maneira irregular e por conta disso, ele (o administrador da fábrica) foi trazido até a delegacia e vai responder, inclusive, criminalmente pela falta dessa documentação, e a partir daí a justiça poderá determinar o fechamento da empresa", disse Guttemberg. Ele completou dizendo que a irregularidade ambiental será apresentada pelo perito em um prazo de trinta dias, mas a documentação com certeza está irregular, não nos foi apresentada a documentação pertinente à empresa", frisou o delegado titular da comarca de Cataguases. 

imageO advogado e administrador da Cataguases de Papel recebeu a reportagem do Site do Marcelo Lopes na sede da empresa no início da noite. Fábio Guedes (foto) reconheceu que a empresa vinha descumprindo a legislação ambiental até sua chegada. Desde então, mostrou que vem investindo no setor e que está construindo uma Estação de Tratamento de Efluentes, em fase de adequação e já tem uma Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico. Sobre a ausência de documentação, ele informou que a empresa vem funcionando por meio de um TAC - Termo de Ajustamento de Conduta - firmado em dezembro do ano passado com a Supram - Superintendência Regional de Regularização Ambiental - e que os documentos estão sendo providenciados.

Fábio revela que assumiu a Cataguases de Papel em 22 de setembro de 2014 em nome dos proprietários da empresa (um grupo de espanhóis radicados em São Paulo) e desde então vem sofrendo um "bombardeio de denúncias em represália ao movimento que liderei quando cheguei para colocar a casa em ordem. Tive de afastar pessoas e até sindicato 'frio' que atuava aqui dentro", porque a fábrica estava dilapidada", frisou. E completou lembrando que sua maior preocupação atualmente é manter a empresa funcionando para poder preservar os 300 empregos diretos que a fábrica gera. 

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Tags: crime ambiental, Cataguases de papel, fábrica de papel, meio ambiente, denúncia





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