A balsa onde Felipe estava e nos detalhe de cima, a roupas de Carlos Magno encontradas pelo autores e no de baixo, a máscara de mergulho e os óculos
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A Polícia Militar de Cataguases trabalha desde a manhã desta segunda-feira, 24 de agosto, num caso envolvendo duas vítimas, sendo que a primeira sobreviveu e a segunda está desaparecida, provavelmente assassinada. Inicialmente, a PM, com as informações que dispunha tratou a situação como sendo uma tentativa de homicídio contra Felipe Carneiro Muniz, de 20 anos de idade, conforme este site divulgou mais cedo. À tarde, porém, com o avanço das investigações, novas informações surgiram e testemunhas disseram que havia outra pessoa no local na hora do crime e que ao invés de dois, seriam quatro, os autores.
A reportagem do Site apurou junto aos policiais que trabalharam no caso durante todo o dia uma longa história. O crime aconteceu na localidade conhecida como Mandengo, no sítio Saquinha, em Aracati, no Areão do senhor Nelson. Lá trabalhavam explorando areia em uma balsa, Felipe e seu pai, Carlos Magno de Freitas Muniz, de 56 anos de idade. Na hora do ocorrido, Felipe estava em cima da balsa e seu pai embaixo d'água. Ele usava roupa preta de neoprene de nove milimetros de espessura, sem cinto, com óculos e respirava por uma mangueira que lhe fornecia oxigênio através da balsa.
Quatro pessoas chegaram ao local e ao avistarem Felipe, efetuaram um disparo, sem sucesso. Ao ouvir o barulho, ele viu os indivíduos se aproximando e percebeu que um deles trazia uma arma longa, provavelmente uma espingarda. Imediatamente, mergulhou no rio, quando ouviu novos disparos e sentiu ser atingido, mas continuou nadando até conseguir parar em um lugar que considerou seguro, às margens do rio quando foi resgatado por pessoas da comunidade de Aracati que o colocaram em uma Ambulância e o levaram para o Pronto-Socorro do Hospital de Cataguases, segundo ele próprio contou aos policiais em seu leito no hospital.
Os quatro homens viram roupas de outra pessoa na balsa que estava com o motor ligado deduzindo que ele estava submerso. Cortaram a mangueira que levava oxigênio para ele com um facão o que o obrigou a retornar à superfície. Quando ele chegou à tona, foi surpreendido com os quatro individuos sendo que um deles o recepcionou com um forte golpe de facão na cabeça que o levou à morte. Em seguida, eles retiraram a máscara e os óculos de mergulho de sua cabeça para identificá-lo e o deixaram dentro do rio Pomba, fugindo em seguida, tomando rumo ignorado.
Dois deles, segundo apurou a PM até o momento, seriam conhecidos como Tonho e Riquinho, já os demais ainda não há informações a respeito. De acordo com a Polícia, este crime pode ter ligação com o ocorrido em 22 de fevereiro deste ano em Aracati (clique
aqui para ver a matéria completa) e pode ter sido cometido por vingança. A peça que não se encaixa nesta história para a PM é que Carlos Magno não participou daquele homicídio. Até o final do dia, o corpo dele ainda não havia sido encontrado pela equipe da Defesa Civil. As buscas deverão recomeçar amanhã pela equipe do Corpo de Bombeiros de Leopoldina.
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