Em 23/08/2015 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Prefeituras de 600 cidades de Minas paralisam atividades na segunda-feira por mais recursos

Apesar de não ter aderido ao movimento Cataguases está solidário. Apenas atendimentos de urgência e emergência na área da saúde irão funcionar.

Antônio Júlio de faria, presidente da AMM, explica para a imprensa o movimento desta segunda-feira

Antônio Júlio de faria, presidente da AMM, explica para a imprensa o movimento desta segunda-feira

Download
Cerca de 600 prefeituras mineiras, das 853 de todo o estado, não vão funcionar nesta segunda-feira, dia 24 de agosto, em adesão ao movimento "Crise nos municípios: prefeituras de Minas param por você", apoiado pela Associação Mineira de Municípios (AMM). A iniciativa tem por finalidade pressionar os governos federal e estadual para o cumprimento das responsabilidades com os municípios. Na prática, todos os servidores municipais estarão em seus postos de trabalho, porém, sem atendimento ao público, exceto os serviços essenciais.

Cataguases não vai participar do Movimento, conforme revelou o assessor do prefeito Cesinha e também secretário de Desenvolvimento Econômico, Alex Carvalho. "O prefeito, apesar de solidário à causa e também por vivenciar as mesmas dificuldades dos colegas não teve condições de aderir à paralisação por conta de compromissos anteriormente agendados e devido à viagem que fará a Brasília a partir de terça-feira. Mas nós torcemos para que esta iniciativa alcance os resultados almejados para o bem de toda a população", finalizou Alex.

image"É necessário unirmos forças para que possamos demonstrar o que está acontecendo com as prefeituras", comentou o presidente da AMM e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio de Faria. Entre as reivindicações estão a recuperação do Fundo de Participação de Municípios (FPM), a redistribuição da arrecadação de impostos, definição dos repasses pendentes dos convênios entre a União, estados e municípios e revisão do Pacto Federativo.

"Os repasses do governo federal e estadual são as maiores fontes de receitas da maioria dos municípios, quando não são a única fonte. E esses repasses estão diminuindo cada vez mais, forçando os prefeitos a tomarem decisões drásticas para conseguirem atender as demandas da população", explica Antônio Júlio.

"Um exemplo é o recolhimento de impostos. De cada R$100 recolhidos em tributos, apenas R$18 ficam nos cofres municipais, enquanto para a União são destinados R$56 e para o Estado, R$26. Os números, por si só, demonstram a enorme concentração de recursos no governo federal e a grande dificuldade dos prefeitos em administrarem a pequena receita frente às inúmeras obrigações", finaliza. (Foto: Associação Mineira de Municípios)
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Fonte: Associação Mineira de Municipios

Tags: paralisação, prefeitura, municípios, recursos, repasse de verbas





Todos os direitos reservados a Marcelo Lopes - www.marcelolopes.jor.br
Proibida cópia de conteúdo e imagens sem prévia autorização!
  • Faça Parte!

desenvolvido por: