Em 11/08/2015 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Carreteiros que prestam serviço para a CBA param por melhores condições de trabalho

Os carreteiros revelaram que nos últimos sete anos tiveram reajuste no frete de apenas R$0,81

Os carreteiros revelaram que nos últimos sete anos tiveram reajuste no frete de apenas R$0,81

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Dezenas de carreteiros que prestam serviço para a mineradora CBA, localizada entre Muriaé e São Sebastião da Vargem Alegre, na região do trevo de Pirapanema, paralisaram suas atividades em protesto por melhorias na remuneração e condições de trabalho.

Desde a tarde desta segunda-feira, 10 de agosto, os profissionais estão com suas carretas paradas na estrada de acesso à empresa e às margens da BR-356. Segundo representantes do movimento, cerca de 70 carreteiros - a maioria de Muriaé - estão de braços cruzados.

Na manhã desta terça, 11, a reportagem da Rádio Muriaé esteve no local. O repórter Gilson Jr. conversou com os carreteiros, e entre as principais reivindicações está o aumento no valor do frete, que de acordo com os manifestantes, foi reajustado em apenas R$ 0,81 (81 centavos) nos últimos sete anos, passando de R$ 34,00 por tonelada, para R$ 34,81.

Mesmo sem gravar entrevistas, os trabalhadores argumentaram que o valor do frete está muito baixo diante do aumento dos custos nos últimos anos, principalmente em relação a combustível e manutenção dos veículos.

Os motoristas reclamaram também que muitas vezes as carretas saem com carga bem abaixo do limite de peso, o que, na prática, reduz o valor final do pagamento, já que o frete é cobrado por tonelada de minério transportado: "Não sobra quase nada pra gente. Estamos praticamente pagando para trabalhar", disse um dos carreteiros.

imageE as queixas não param por aí. Os manifestantes alegam que duas empresas de Belo Horizonte foram contratadas para prestar o serviço e que isso acaba "tirando" trabalho de motoristas da região. Segundo os profissionais, há carreteiros que compraram veículos financiados, "apostando" no setor, e que agora, diante das dificuldades, estão sem condições de pagar pelas carretas.

Os integrantes do movimento afirmaram que o protesto vai prosseguir até que a empresa aceite negociar às reivindicações.

No final da tarde a Votorantim Metais divulgou nota sobre a paralisação dos carreteiros. No comunicado a empresa afirma que está sempre em diálogo com fornecedores e que os valores praticados estão em conformidade com a "realidade do mercado". Leia abaixo a íntegra da Nota Oficial da Votorantim Metais.

"A Votorantim Metais informa que mantém um diálogo aberto com seus fornecedores e pratica valores condizentes com a realidade do mercado. Em relação à paralisação dos caminhoneiros, a empresa esclarece que a segurança é um valor inegociável para seus empregados e terceirizados. Todas as medidas necessárias para continuar garantindo o transporte seguro do minério estão sendo tomadas, bem como a supervisão rigorosa dos procedimentos de prevenção de acidentes." 
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Fonte: Rádio Muriaé

Tags: carreteiros, Votorantim, CBA alumínio, transporte de minério, frete de minério





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