Os servidores do judiciário federal estão sem reajuste salarial desde 2006
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Nesta quinta-feira, 18 de junho, os servidores da Justiça do Trabalho de Cataguases aderiram ao movimento de greve que já acontece no Estado de Minas Gerais, desde o último dia 10. A paralisação objetiva pressionar a votação do Plano de Cargos e Carreiras, que tramita no Senado e, caso seja aprovado, permitirá a recomposição salarial dessa classe de trabalhadores que desde 2006 vêm sofrendo com a falta de reajuste no vencimento mensal, conforme reclamam os próprios servidores.
Segundo destacou José Gabriel Couto Viveiros Barbosa, técnico judiciário em Cataguases e representante local do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais (SITRAEMG), a greve se estenderá pelo menos até o dia 30 deste mês, data em que está prevista a apreciação da proposição pelos senadores. Contudo, ainda de acordo com José Gabriel, se a votação for novamente adiada ou a proposta recusada, a paralisação poderá continuar por tempo indeterminado.
Em ato público na porta da Vara do Trabalho de Cataguases, os grevistas realizaram manifestação nesta quinta-feira, a partir de 13h, quando exibiram faixas e cartazes que levam ao conhecimento da população a situação enfrentada por eles com relação ao reajuste salarial pretendido. Enquanto durar a greve, os atendimentos naquela Vara serão limitados aos serviços essenciais, tratados com o juiz ou com o diretor de secretaria.
José Gabriel destacou que, mesmo no período de greve, também continuam trabalhando os estagiários, os funcionários de contratos especiais e os terceirizados. "Essa paralisação não tem a intenção de prejudicar a população. Por outro lado é uma manifestação importante, ainda mais nesse momento crucial, para que a nossa reivindicação seja atendida", concluiu o representante do SITRAEMG em Cataguases.
Em Minas Gerais, segundo o Sindicato da categoria, a greve cresce a cada dia e, nesta tarde, durante ato público em frente ao prédio do TRT da Av. Getúlio Vargas (2ª Instância), em Belo Horizonte, acabou contando com a presença-surpresa da presidente do Tribunal, desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria. Ao receber o microfone ela não titubeou em se posicionar favorável à greve. A "família TRT" está sensibilizada com o movimento e disse esperar que os servidores tenham sucesso, com o projeto sendo aprovado no Senado Federal.
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