Conforme este Site informou em primeiríssima mão, juntamente com o programa Conversa Franca, da rádio Brilho, por volta das 11h45min desta sexta-feira, 12 de junho, a prefeitura de Cataguases não efetuou o pagamento de parte da dívida que tem com o Hospital de Cataguases referente à prestação de serviços de urgência e emergência por aquela Santa Casa. Ao invés disso, a Procuradoria Geral do Município protocolou junto à 1ª Promotoria de Justiça da Comarca o ofício número 553/2015-PGM informando a disposição do Município de repassar ao Hospital a quantia de R$500 mil em duas parcelas iguais sendo a primeira no dia 30 de junho de 2015 e a segunda, no dia 31 de julho de 2015.

A promotora de justiça, Shermila Peres Dhingra, confirmou à reportagem do Site o recebimento, na última quinta-feira, 11, do ofício da Procuradoria Municipal e disse que o papel do Ministério Público neste caso é o de mediador e, por isso, vai aguardar um posicionamento do Hospital de Cataguases. A direção daquela Santa Casa por sua vez, surpreendida com a atitude do Município que agiu de maneira diversa daquela acordada na reunião de terça-feira, 9, ainda não havia tomado uma posição definitiva sobre o assunto até o fechamento desta matéria. A reportagem do Site apurou que a direção do hospital, diante da situação inesperada, viu-se obrigada a tomar empréstimo junto à rede bancária para poder honrar os commpromissos com os médicos do Pronto-Socorro.

No último dia 1º de fevereiro terminou o convênio entre o Município e o Hospital de Cataguases que mantinha o funcionamento do Pronto-Socorro sob a responsabilidade daquela instituição. Desde então o termo aguarda ser renovado conforme informou esta manhã o provedor daquele hospital Wilson Crepaldi Júnior durante sua participação no programa da rádio Brilho FM, "Conversa Franca", apresentado por Sousa Mendonça. Dentre outros motivos que vem atrasando sua renovação, ainda conforme disse Bil, está o repasse de recursos enfrentados pela instituição que agora. Com a mudança de rumo nas negociações entre Prefeitura e Hospital, Bil Crepaldi disse ao Site do Marcelo Lopes ser "cada vez mais forte a tendência da direção do Hospital de devolver o Pronto-Socorro à Prefeitura que é quem tem a responsabilidade por lei de prestar atendimento de urgência e emergência à população".

Caso esta hipótese - que segundo o Site apurou é cada vez mais provável - se confirme, o Pronto-Socorro poderá voltar a funcionar em sua antiga sede. Outra possibilidade já aventada entre as pessoas que trabalham na área é de que a Prefeitura negocie com o hospital o aluguel daquela área onde hoje funciona o Pronto-Socorro, o que é menos viável tendo em vista a dívida entre as duas instituições. Bil Crepaldi, porém, faz questão de ressaltar que "qualquer seja a solução encontrada o hospital vai continuar funcionando normalmente", negando boatos de que a instituição que preside possa fechar em decorrência da crise atual. "Essa possibilidade não existe e nós estamos trabalhando exatamente para fortalecer ainda mais o nosso hospital", completou o provedor.