A falta da vacina BCG vem sendo sentida desde o início do ano em vários estados brasileiros. A vacina é ministrada em recém nascidos nas primeiras horas após o parto e imuniza contra formas graves de tuberculose e meningite. Segundo o Ministério da Saúde, que é quem distribui a BCG gratuitamente aos estados que, por sua vez, repassa aos municípios, um problema na produção da vacina no laboratório responsável pela fabricação da mesma ocasionou, desde fevereiro deste ano, este atraso na distribuição da BCG.

Em Cataguases, o problema também já vem sendo percebido, mas, conforme informou a responsável pelo setor de vacinas da Policlínica Municipal, Sirlane Garcia Cardoso, foi montada uma estratégia para que todas as crianças recebam esta imunização."Na situação ideal, uma equipe do setor de vacinas se dirige diariamente à maternidade da Santa Casa de Cataguases para vacinar os bebês logo ao nascerem. Como estamos enfrentando esta escassez temporária da BCG, a equipe procede a vacinação de outras vacinas do calendário e cadastra as crianças para que recebam a BCG quando a mesma estiver disponibilizada na Policlínica, alguns dias depois", explica.

Segundo ela, a BCG é distribuída na região pela Gerência Regional de Saúde, com sede em Leopoldina, porém,a quantidade recebida não tem atendido à demanda. De qualquer forma, Sirlane Cardoso afirma que nenhum recém nascido ficará sem a vacina. "É preciso estar cadastrado para que possamos entrar em contato com os pais para que a criança receba a imunização, tão logo ela chegue", destacou, lembrando que, mesmo sob condições ideais de conservação e refrigeração, a vacina tem uma pequena validade a partir do momento em que seu lacre é aberto.

Sirlane reiterou que esta situação é temporária e solicitou aos pais que por qualquer razão não fizeram o cadastro para vacinar seus filhos na maternidade, que não deixem de fazê-lo, indo até a Policlínica Municipal, ou ligando para 3429-7910 e pedindo para falar na sala de vacinas. (Foto: Reprodução da internet)