O intenso trabalho da Defesa Civil de Cataguases que usou seu único caminhão pipa para tentar conter um provável curto-circuito no subsolo do Paço Municipal, não foi suficiente para evitar que labaredas de até um metro de altura surgissem no local. A área em que ocorreu o sinistro é usada pela Caixa Econômica Federal que mantém um Posto de Atendimento fruto da parceria com a Prefeitura.
Uma fumaça de cheiro intenso começou a ser vista saindo das entradas de ar do espaço onde funcionou a Defesa Civil, o Protocolo e também o Jornal Cataguases por volta das 22 horas dessa sexta-feira, 22 de maio. Na praça em frente acontecia um show como parte da programação da Festa de Santa Rita, padroeira da cidade, e havia intensa movimentação no local. Rapidamente a Defesa Civil e a polícia militar foram chamadas, bem como os bombeiros civis de Leopoldina, que davam apoio à festa popular,
O gerente da Caixa Econômica Federal, José Romero Barbosa, segundo apurou o Site, estava viajando e apenas alguns funcionários daquele banco foram até o local, mas não sabiam informações que pudessem ajudar o pessoal da Defesa Civil. A entrada no espaço, uma área hoje isolada para funcionamento apenas daquele Posto de Atendimento, foi aberta pela equipe da Prefeitura.
Mesmo com o trabalho de resfriamento do local feito pela equipe da Defesa Civil que descarregou todo o tanque de seu caminhão pipa na área atingida pela fumaça negra não foi suficiene para evitar que o fogo surgisse. Pouco antes da meia noite, na entrada do prédio pela Rua Coronel Vieira (veja o vídeo abaixo), apareceram as primeiras chamas que foram combatidas pela Defesa Civil e logo controladas. O Corpo de Bombeiros de Muriaé só chegou no local pouco antes de uma hora da manhã, quando o fogo já havia sido apagado pela Defesa Civil de Cataguases e já se preparava para fazer o trabalho de rescaldo. As causas do incêndio ainda eram desconhecidas até o fechamento desta matéria. A hipótese mais provável é curto circuito.
Em cima do local onde ocorreu o incêndio funciona a Procuradoria Municipal, mas até o momento, informações asseguram que aquele setor não foi atingido pelo incêndio. O Prefeito Cesinha Samor disse à reportagem que pediu uma investigação "detalhada" sobre as causas do incêndio e reiterou a necessidade do município possuir uma unidade do Corpo de Bombeiros. "Mais uma vez sentimos a falta do Corpo de Bombeiros em nossa cidade. E desta vez o problema ocorreu em um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico. Aí eu pergunto: será que vamos ter que perder um prédio desses para que a gente consiga sensibilizar o Estado sobre esta nossa necessidade urgente?, questionou em tom de desabafo. (Vídeo reproduzido da internet)