Recentemente Cataguases registrou grande aumento do número de pacientes com suspeita de Dengue e, de acordo com Alencar Norte, coordenador do Núcleo de Controle de Endemias (NCE) da Secretaria Municipal de Saúde, os levantamentos atualizados até esta sexta-feira, 8 de maio, apontam que, neste ano, já foram notificados 192 casos da doença, sendo 33 confirmados, mas apenas 13 descartados. Os números dos primeiros quatro meses de 2015 ultrapassam o total de 110 registros que o município obteve durante todo o ano passado. 

Conforme revelou Norte, as notificações de Dengue demonstram que o vírus está espalhado por todas as regiões de Cataguases, o que acaba dificultando os trabalhos de bloqueio de transmissão do vetor, ao mesmo tempo em que propicia o surgimento de novos casos da doença. Ele também destacou que, por causa do tempo chuvoso, novos focos de Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, poderão eclodir com mais frequência nos próximos dias, proliferando as chances de ocorrência da doença.

Um fato, em especial, preocupa as autoridades em Saúde: O surgimento do Zica vírus, que provoca sintomas semelhantes aos da dengue, mas é considerado menos agressivo, uma vez que, até então, nunca levou ninguém a óbito, revelou o coordenador do NCE se junta à Febre Chikungunya, com alguns casos já confirmados em Minas Gerais. "Para combater a dengue é preciso acabar com seu vetor, que é o aedes aegypti", frisou Alencar, lembrando que, nesse sentido, "a participação da população é fundamental".

Sobre esse vírus novo na América Latina, Norte esclareceu que ele é de origem africana e pode ter começado a circular no Brasil durante o período da Copa do Mundo 2014, quando houve grande fluxo de estrangeiros no país. Embora ainda não tenha sido registrado na região sudeste, o Zica Vírus já coloca em alerta os vigilantes em Saúde de Cataguases, bem como reforça a necessidade de combater o Aedes Aegypti, sobretudo através de uma atitude simples: a eliminação dos focos de água parada.

  

"Hoje existe uma facilidade para o vírus se espalhar por causa do constante fluxo de pessoas e veículos entre as regiões do Brasil. Como aqui em Cataguases nós temos a presença do vetor, é possível que haja transmissão", lembrou o coordenador do NCE, completando que, até o momento, os registros de Zica Vírus no país concentram-se na região nordeste, onde se localiza Camaçari, primeira cidade brasileira a notificar esse novo problema.