Cataguases prepara plano de contingência para enfrentar a dengue
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A Secretaria Municipal de Saúde veiculou notícia, através do jornal oficial - "Cataguases", de 3 de abril - informando o crescimento do número de casos de dengue no município "apesar de todos os esforços da Prefeitura, com constantes mutirões de limpeza e campanhas de conscientização", revela o jornal. Em seguida a mesma matéria informa que o "crescente número de casos leva a Secretaria de Saúde a ligar o sinal de alerta para a possibilidade de enfrentar um surto de Dengue em Cataguases", admite o jornal oficial.
Por conta dessa possibilidade cada vez mais provável, o Secretário Municipal de Saúde, Geraldo Antonucci, nomeou uma comissão para avaliar a instalação de um Posto de Hidratação no prédio onde funcionou o Pronto-Socorro Municipal para receber os pacientes com suspeitas da doença, ainda segundo aquele jornal. Assim, os casos diagnosticados serão tratados naquele local e os mais graves seguirão transferidos para o Hospital de Cataguases, ainda conforme o secretário de saúde. Esta decisão, no entanto, segundo Geraldo Antonucci, está prevista para ser tomada até o final desta terça-feira, 5, quando será divulgado pelo Setor de Epidemiologia, os números de infestação de dengue no município.
Até o dia 28 de abril, conforme informação prestada pela Coordenadora de Epidemiologia, Lívia Machado Milane, haviam sido feitas 93 notificações de suspeitas da doença com 15 casos confirmados. Segundo ela, em apenas quatro meses, o número já se aproxima dos 110 registros referentes a todo o ano de 2014. "Neste mês de abril o salto no número de notificações foi significativo, sendo que apenas na última semana tivemos trinta e um registros com suspeita da doença", detalhou. Lívia também revelou outra preocupação com relação à dengue que é a presença do vírus tipo 4 na cidade, do qual a população não está imune, uma vez que, segundo explica, em março de 2013, quando ocorreu o último surto da doença, a população cataguasense não ficou exposta à ele.
O combate ao mosquito transmissor da doença é feito pelo Centro de Controle de Endemias. Conforme explica seu coordenador, Alencar Norte, o bloqueio ocorre aplicando-se inseticida através de um equipamento portátil (UBV) no raio de até 300 metros ao redor da casa de pessoa infectada. "Por isso, a notificação é importantíssima para direcionar o nosso trabalho nessa fase de contenção do avanço da doença", alerta, reiterando, mais uma vez, que "o apoio da população ao trabalho dos agentes de saúde e a dedicação diária de cada um em afastar de suas casas, terrenos e quintais, quaisquer recipientes ou materiais acumuladores de água parada será fundamental para vencer mais essa batalha", orientou. (Foto: Jean Pimentel, BD, especial)
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