O suspeito se intitula pastor evangélico e teria sido o mentor e executor do crime que matou o taxista
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Foi preso nesta terçafeira (28), na cidade mineira de Caratinga cerca de 180 km de Muriaé o homem de 39 anos, que se intitula apóstolo evangélico, suspeito de ser o mentor e executor do taxista de Miraí, José Ari Moreira da Silva, 61 anos, cujo corpo foi encontrado em Muriaé, enterrado em uma área de desaterro no bairro Alto do Castelo, no último dia 18, depois de passar quatro dias desaparecido após uma corrida para Muriaé.
Segundo o delegado Eduardo de Freitas, da 31ª Delegacia da Polícia Civil, localizada na AISP 150, na Gávea, que preside o inquérito, o líder religioso estava à frente de uma igreja em Muriaé já há alguns anos e foi preso em ação conjunta de policiais civis de Caratinga, Miraí e Muriaé, em um ônibus que seguia da Bahia para Juiz de Fora e estava sendo monitorado pela polícia.
Na semana passada, dois adolescentes de Muriaé, foram ouvidos na AISP 150, e ainda de acordo com o delgado, confessaram envolvimento no crime, tendo um deles assumido participação na execução da vítima e ocultação do cadáver, apontando "apóstolo" como mentor e autor do assassinato. De acordo com o menor, o taxista teria sido enterrado ainda com vida.
Ainda não há confirmação de quando o suspeito chegará a Muriaé e a Polícia Civil já agendou uma entrevista coletiva para o fim da tarde desta quartafeira (29), quando detalhes serão divulgados.
Relembre o caso
Segundo o que foi apurado pela polícia, na noite de terça José Ari foi contratado por três pessoas para uma corrida até Muriaé, e telefonou para a esposa avisando sobre a viagem.
Desde então ninguém teve mais notícias suas. Na manhã seguinte, quartafeira (15), após denúncias anônimas via 190, policiais militares de Muriaé encontraram o táxi de José Ari Fiat Siena prata trancado em uma área de despejo de desaterros, próximo a um curral, no bairro Alto do Castelo. Com a chegada da perícia e do delegado Rangel Martino, o carro teve um vidro quebrado e vestígios de sangue foram encontrados no porta malas.
Já na entra de um matagal, havia uma toalha com pertences da vítima, incluindo documentos, além de um cordão a duas pulseiras douradas, que de acordo com familiares, não pertenciam ao taxista. O material também estava sujo de sangue. Ao longo da semana, a família de José Ari chegou a oferecer uma recompensa para quem repassasse informações concretas que levassem ao seu paradeiro.
Na manhã do dia 18 (sábado), o corpo de José Ari foi encontrado enterrado a cerca de 50 metros de distância de onde seu táxi foi localizado. De acordo com as informações obtidas no local, junto a Polícia Civil e familiares do taxista,o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde no dia anterior uma retroescavadeira foi utilizada, por inciativa conjunta da família com a polícia, para escavar e revirar a terra, como parte das ações feitas ao longo da semana à procura de José Ari.
Com o trabalho da "retro" uma pequena quantidade de terra ficou sobre o cadáver e, já na manhã deste sábado (18), parentes do taxista voltaram ao local e após sentirem um mal cheiro muito forte, conseguiram localizar o corpo. (Foto: Silvan Alves)
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