Foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado, o jovem Israel da Silva, 23 anos, acusado de ter matado com um pedaço de madeira o garoto Adriano Fortunato Júnior, 11 anos de idade, mais conhecido como Adrianinho. O Júri popular começou às 8 horas desta quarta-feira, 15 de abril, no Fórum da Comarca de Miraí e terminou às 18 horas quando o juiz que presidiu o julgamento, Marcelo Alexandre do Valle Thomaz, leu o seu veredicto.

Adrianinho foi espancado por volta das 19 horas do dia 16 de setembro de 2013, na Rua João Resende, em frente a uma gráfica, na saída para Muriaé e morreu minutos depois de ter dado entrada no hospital daquela cidade. O garoto teria recebido golpes de pau no alto e lateral da cabeça e próximo aos olhos, foi socorrido pela ambulância e por policiais e chegou ao hospital com hemorragia e suspeita de traumatismo craniano. Seu sepultamento ocorreu no dia seguinte sob forte comoção popular. 

Na hora do intervalo para o almoço, o Juiz Marcelo Alexandre conversou rapidamente com a reportagem do Site do Marcelo Lopes. Ele disse que a primeira parte do julgamento transcorreu "com tranquilidade e sem incidentes" e que o réu havia negado sua participação no crime. O juiz informou que o período da tarde seria dedicado ao debate entre Acusação e Defesa "com tempo de uma hora e meia para cada um apresentar seus aergumentos" e na sequência os jurados se reuniriam para decidir o futuro do réu. Os advogados Jefferson Eduardo Vieira Xavier e Daniele Gomes Vieira Xavier, que neste julgamento atuou como assistente, defenderam Israel da Silva.

Além de Israel, outros três menores chegaram a ser considerados suspeitos da morte do garoto, mas com o desenrolar das investigações nada se confirmou contra eles. Os menores, inclusive, foram ouvidos diversas vezes durante todo o processo. Dois parentes de Israel assistiam ao julgamento no período da tarde, mas a reportagem do Site foi informada que familiares da vítima não estavam presentes à sessão.