Vereadores de Cataguases, moradores do Bairro São Marcos e membros da Copasa reuniram-se na manhã desta sexta-feira, 10 de abril, no plenário da Câmara Municipal, para tratar de assuntos referentes ao abastecimento de água no Conjunto Residencial São Marcos, especialmente no Bloco 27, onde os moradores de todos os apartamentos estão sofrendo com a falta de água há cerca de 20 dias, segundo destacou um dos residentes do condomínio. 

O motivo do problema, conforme foi revelado no encontro, se deve a uma inadimplência junto à Copasa, ocasionada porque a síndica do referido Bloco teria utilizado, para outros fins, o dinheiro destinado ao pagamento da conta de água, que é expedida de forma coletiva para cada bloco do Conjunto Residencial.

A reunião aconteceu a partir de solicitação dos membros da Comissão de Assuntos Relevantes (CAR), da Câmara Municipal, que foi criada para assistir o caso.  Na abertura dos trabalhos, o presidente da Mesa Diretora da Casa, vereador Antônio Batista Pereira (Antônio Beleza), destacou que o Legislativo Municipal vai fazer o seu papel em busca de contribuir para a solução do problema. 

Nesse mesmo sentido, também se pronunciaram os vereadores Walmir Linhares da Costa, José Augusto Guerreiro Titoneli, Luiz Carlos da Silva Sodré, Paulo Sérgio Ribeiro Ventura (Aritana) e Fernando Rodrigues do Amaral, além do presidente da CAR, Serafim Couto Spíndola. Ele criticou a ausência de José Romero Barbosa, gerente local da Caixa Econômica Federal, que é a instituição responsável pela execução do programa "Minha Casa, Minha Vida", o qual deu origem ao Conjunto Residencial São Marcos.

Com a palavra, o presidente do Conselho Geral de Síndicos do condomínio, Iranéssio Damião de Souza Junior, detalhou o problema que ocorre naquele Conjunto Residencial e, em seguida, passou a palavra aos outros participantes, escutando várias sugestões no sentido de resolver o impasse e ainda impedir que ele se repita. Todos concordaram que a melhor solução seria modificar a instalação hidráulica dos prédios, individualizando os hidrômetros por apartamento, para que, em caso de novas inadimplências, apenas o devedor sofra as consequências. 

As ideias, porém, esbarraram na ausência de verba para realizar as modificações e o assunto ficou pendente para uma próxima reunião, marcada para o dia 16. A respeito da falta de água no Bloco 27, o representante da Copasa, José Carlos Alves, ressaltou que o fornecimento voltará ao normal depois que a fatura for quitada, seja à vista ou por meio de parcelamento.

Parte dessa dívida com a Copasa, segundo foi exposto na reunião, deve-se à multa por violação de hidrômetro, ocorrida após a concessionária ter efetuado o corte da água. Mesmo depois de descoberta, a violação teria se repetido recentemente, de acordo com uma das moradoras presentes. Ao fim das conversas, ficou decidida a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar os fatos relatados e formular documento contendo conclusões sobre o assunto.