A Casa de Leitura Lia Botelho está prestando homenagem ao Índio
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Quando os primeiros colonizadores chegaram à Zona da Mata, onde hoje se encontram as cidades de Leopoldina e Cataguases, encontraram os habitantes de direito dessas terras ainda virgens: as tribos indígenas dos croatos, coroados, puris e botocudos, todos oriundos dos Tupis-Guaranis.
A presença indígena que tanto deve ter impressionado os primeiros europeus parece estar se diluindo como assunto de aulas, pesquisas e mesmo no contato e imaginário da população, observa Alexandre Moreira, coordenador da Casa de Leitura Lya Botelho, em Leopoldina.
Para apresentar às novas gerações um pouco da história dos povos nativos do Brasil, a Casa de Leitura Lya Botelho, inaugurou, no dia 6 de abril, a exposição "Os Filhos da Terra", dedicada à história e à questão étnica.
A exposição permanece aberta até 27 de junho e está inscrita na 13ª Semana dos Museus promovida pelo IBRAM-Instituto Brasileiro de Museus (18 a 24 de maio, com o tema "Museus para uma sociedade sustentável").
O acervo é da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, adquirido na loja da FUNAI que funciona junto ao Museu do Índio, em Botafogo, com peças cedidas pelo grupo folclórico Assum Preto e pela produtora Maria Lúcia Braga.
Segundo o coordenador do local, Alexandre Moreira, a escolha do índio brasileiro como tema da primeira exposição do ano se deve à escassez de maiores informações sobre essas etnias. Especialmente aqui, na Zona da Mata mineira, pouco ou nenhum contato os mais jovens têm com populações indígenas.
Com recursos da Energisa e o apoio cultural da Secretaria de Educação de Leopoldina e da SRE-Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina, viabilizou-se uma exposição que pretende dar ao visitante uma visão geral sobre a Cultura, além de despertar um interesse maior para os demais aspectos antropológicos e sociológicos sobre a questão do índio.
Alexandre Moreira lembra que "meio milênio depois de contato com o branco, diversos grupos desapareceram, tradições, conhecimentos e rituais foram esquecidos seja pelo extermínio desses povos, seja pela sua integração e consequente dissolução no que ousamos chamar "civilização".
Criada há seis anos,a Casa de Leitura Lya Botelho busca criar formas facilitadoras de acesso à Cultura através de mostras, exposições, biblioteca infanto juvenil, exibições de vídeos e filmes, apresentação de shows musicais e espetáculos teatrais, lançamento de livros
A Casa de Leitura Lya Botelho fica na rua José Peres, 4 (centro) Leopoldina, telefone (32) 3441-2090. O horário de funcionamento é de segunda a sexta das 8 às 11:30 e das 13 às 17 e aos sábados das 8 às 11:30.
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