A Gerência Regional de Saúde (GRS) em Leopoldina sediou nesta quarta-feira, 1º de abril, uma reunião entre os integrantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde - CISUM - para tratar das dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos através daquele Consórcio quando seus casos necessitam de internação hospitalar ou de cirurgias. "Com isso os pacientes estão sendo encaminhados para outros municípios fora da nossa região de saúde ocasionando uma demora maior na solução de seus problemas", explicou Eliermes Teixeira, diretor executivo do CISUM.

A reunião contou com a presença da prefeita de Itamarati de Minas, Tarcília Rodrigues Fernandes, presidenta do CISUM, e da vice-presidente, a prefeita de Volta Grande, Eliana Quintão Cardoso, além dos demais prefeitos que integram o Consórcio, secretários municipais de saúde, o médico Pedro César Martins, diretor daquela GRS, provedores dos hospitais de Cataguases, Leopoldina e de Além Paraíba, e do diretor executivo do CISUM, Eliermes Teixeira9foto ao lado).

Diante do problema apresentado, os presentes analisaram um parecer técnico apresentado por Eliermes Teixeira que aponta Cataguases como uma possível solução para o problema de internação e realização de cirurgias nos pacientes atendidos pelo CISUM. Segundo explicou, o município é gestão plena em saúde e sede da microrregião de saúde envolvendo os municípios de Astolfo Dutra, Dona Euzébia, Itamarati de Minas e Santana de Cataguases, e por isso "poderá reprogramar os valores pagos pelos procedimentos cirurgicios realizados no hospital de Cataguases", atendendo aos pacientes destas cidades. 

O tema não chegou a uma conclusão e Eliermes disse que voltará a ser tratado na próxima reunião agendada para o dia 13 de abril, no Paço Municipal em Cataguases, que deverá contar com a presença de cinco prefeitos e secretários municipais de sáude dos municípios envolvidos. O diretor executivo do CISUM disse ainda que "faremos um estudo dos recursos alocados em Cataguases e as demandas para cirurgias que estão represadas nos municípios em decorrência do não atendimento pelos hospitais tendo em vista que os profissionais de saúde não aceitam trabalhar pela tabela vigente do SUS, considerada por eles inaceitável", explicou Eliermes. Até o momento, revelou ele, as maiores demandas por cirurgias são nas áreas de ortopedia, cirurgia geral e urologia.

Uma outra solução também será buscada para atender aos municípios do CISUM que pertencem à microrregião de Além Paraíba e Leopoldina cuja gestão da saúde é estadual. Assim, conforme Eliermes revelou, ele também dará o mesmo suporte técnico para se chegar a um consenso, mas todas as decisões serão tomadas pela direção da GRS a quem aqueles municípios estão subordinados por não terem autonomia para tratar de incentivos ou acréscimos nos valores de cirurgias. Esta decisão, neste caso específico, é da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, que representa o governo de Minas.