Artistas de Cataguases fizeram uma bela homenagem ao Dia Nacional do Circo
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Um grupo de artista do Toca – Teatro e Outras Coisas Artísticas – realizou na tarde desta sexta-feira, 27 de março, um cortejo de palhaços pelas ruas do centro de Cataguases. Os artistas saíram da Praça Chácara Dona Catarina às 17 horas e passaram pela antiga Estação Ferroviária, até chegarem à praça Rui Barbosa onde aconteceu uma homenagem a todos que trabalham no Circo.
Atores caracterizados, palhaços, malabaristas, mágicos, engolidores de fogo e artistas andando em pernas de pau, chamaram a atenção dos transeuntes e trabalhadores do comércio local que não se lembravam da data comemorativa. Juliano Carvalho, que incorpora o palhaço Vareta e Fernanda Godinho, atriz e organizadora do evento, disseram que todos os participantes daquela homenagem são atores que tem no circo sua principal inspiração. Juliano lembrou que "a cultura do circo e, consequentemente do palhaço, chegaram ao Brasil trazida pelos europeus", contou.
Fernanda Godinho (foto ao lado), por sua vez, revelou que quis fazer esta homenagem no Dia Nacional do Circo, "para não deixar morrer esta tradição maravilhosa e milenar. Eu acredito que isso não irá acontecer enquanto o homem acreditar ser possível preservar a sensibilidade humana e agir de forma a deixar o semelhante mais alegre. Estes fatores, tenho certeza vão manter um olhar renovado das pessoas para a vida", analisou.
O dia 27 de março foi escolhido para comemorar o Dia do Circo devido ao aniversário de nascimento de Abelardo Pinto, o famoso palhaço Piolim, que comandou um importante circo da cultura brasileira no início do século XX. Este grande artista nacional era engajado em movimentos artísticos e culturais porque acreditava que a arte é a melhor expressão cultural de um povo lembrou Fernanda.
O cortejo arrastou um bom número de pessoas que admiravam o espetáculo apresentado pelo grupo e o aplaudiam a cada apresentação dos artistas, especialmente a desenvoltura da engolidora de fogo, que chamou a atenção pelo domínio da técnica e por reviver em cada um que assistia à apresentação um pouco das emoções proporcionadas pelo circo, este que certamente foi e ainda é a porta de entrada para o teatro, a comédia, o drama. E para muitos, ainda, a única forma de contato com a Arte de Representar. É por isso que aquela frase que virou chavão, merece ser repetida: "O espetáculo não pode parar". (Fotos: Kadu Fontana)
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