Januária Condé Prata quer uma educação inclusiva para o seu filho autista
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Dois temas dominaram as atenções da reunião ordinária da Câmara Municipal nesta terça-feira, 10 de março. O primeiro deles, quase recorrente, tratou de problemas na Educação Municipal provocado, segundo a mãe de um aluno, pela fusão de turmas. O segundo, também vem sendo frequentemente abordado e trata-se da convivência entre os próprios vereadores, sempre pautada por uma disputa política acentuada e que já se tornou uma das marcas desta legislatura.
Januária Condé Prata é mãe de um menino autista e estudante da Escola Municipal Flávia Dutra. Na sessão desta terça-feira, da Câmara Municipal, ela fez uso da Tribuna para falar o que considera ser "uma injustiça" com seu filho. Segundo contou, o ambiente escolar criado com a união das turmas naquela escola, "está horrível". Ela disse que onde o garoto estuda é formada por 34 alunos e que ele não recebe o acompanhamento adequado "nem tampouco o que determina a legislação em vigor", entre outras reclamações. Por fim pediu providências aos vereadores no sentido de que intercedam junto à Secretária Municipal de Educação, Luciana Barbosa Moreira, "para que ela reveja esta situação que está impedindo o meu filho de estudar", finalizou.
Logo em seguida, o vereador Maurício Rufino foi à Tribuna fazer reflexão sobre o comportamento dos vereadores. Ele começou lembrando que na última sessão pedira um voto de censura ao vereador Serafim Spíndola por ter falado um palavrão durante a reunião. Naquele momento, porém, ele retirava o que dissera assegurando que pensou muito a respeito e que aquela atitude dele (Serafim) "faz parte de seu jeito de ser, de se expressar". De acordo com o seu raciocínio, este tipo de atitude não é o que a população espera dos vereadores, que "querem ver o nosso trabalho". E neste sentido, ainda conforme analisou Mauricio, "isso nós temos feito muito pouco" e diante da opinião pública o Legislativo "está enfraquecido".
Por outro lado, segundo ainda o mesmo vereador, o Legislativo se fortalece "quando vemos, como ocorreu no último domingo, o vereador Gilmar Canjica, por volta de onze horas da manhã, fiscalizando a obra da Copasa ali na Vila Tereza. É isso que a população quer de nós, este trabalho e este comprometimento", destacou. Para finalizar ele fez um pedido a todos os seus colegas para que mudem o comportamento durante as sessões, deixando de lado a "ironia", pediu tolerância e vontade de trabalhar em benefício da população, sem se preocupar com a posição política de cada um.
O vereador Serafim Spíndola falou na sequência e lembrou que durante o seu discurso da semana anterior quando acabou dizendo um palavrão, alguns donos de farmácia não o deixavam falar, gritando da plateia e que não ouviu nenhum de seus pares pedindo para que ficassem em silêncio ou demonstrando solidariedade à ele que, conforme fez questão de salientar, "ouvi tudo o que disseram sobre o meu projeto de lei atentamente, mas não agiram da mesma forma comigo quando fui defendê-lo". Sobre a mudança de postura proposta por Rufino, o vereador também mostrou-se favorável, lembrando que a situação política atual "pode não ser a que nós gostaríamos, mas é a que temos e, por isso, precisamos conviver com ela", encerrou.
Depois dos discursos os vereadores adiaram a votação do projeto de lei que cria um cargo de Recursos Humanos na Casa, foi aprovado projeto que dá o nome de Soumet Resende Spínola a rua em Cataguases, outro que cria o Dia do Técnico em Assuntos Educacionais de Cataguases, e foi aprovada em segundo turno a emenda a Lei Orgânica que equipara o processo de cassação de vereador ao de prefeito. Todos os Requerimentos formulados também foram aprovados.
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