Se não voltar a chover normalmente na região sudeste o preço da energia deve continuar subindo. preveêm os técnicos da área
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A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nessa sexta-feira, 6 de fevereiro a proposta de aumento da taxa extra das bandeiras tarifárias, cobrada nas contas de luz quando sobe o custo de produção de energia no país. Os aumentos são de 66% e 83%, para a cobrança extra das bandeiras amarela e vermelha. Os valores, aprovados pela Aneel, ficam em consulta pública até o dia 20 de fevereiro.
A partir de 1º de março, deve ficar assim:
- Para a bandeira verde, não haverá acréscimo;
- Para a amarela, quando as condições estão menos favoráveis, o valor atual é de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. Pela proposta da Aneel, passará para R$ 2,50;
- Para a vermelha, situação atual e que tem a energia mais cara, o valor deve passar dos atuais R$ 3,00 a cada 100 kWh para R$ 5,50.
Com a mudança, uma conta de R$ 65,20, que hoje já sobe para R$ 70,09 na bandeira vermelha, chegará a R$ 74,15 com o novo aumento, quase R$ 9 a mais. Na bandeira amarela, essa mesma conta de R$ 65,20 subiria para R$ 67,65 considerando o preço atual, mas chegará a R$ 69,27 com a alteração.
Esses valores consideram que o consumo médio do brasileiro é de 163 kWh por residência, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e que a tarifa média do consumidor residencial, de acordo com a Aneel, é de R$ 400 por megawatt-hora (MWh).
Além disso, o aumento do valor das bandeiras tarifárias vai impactar na mesma proporção as receitas mensais das empresas de distribuição. Em um mês de bandeira vermelha, o valor adicional pago pela população, que atualmente é de R$ 800 milhões, saltará para R$ 1,460 bilhão. Na bandeira amarela, a cobrança extra passa de R$ 400 milhões para R$ 666 milhões por mês.
Com a mudança, vai subir mais de oito reais. É uma tentativa de fazer o consumidor economizar energia. "A bandeira é um instrumento de comunicação também das distribuidoras e da Aneel com o consumidor. Se o consumidor aproveitar o sinal de preço para um consumo mais consciente, uma redução no consumo permitirá que a bandeira vermelha não permaneça ao longo de todo o ano", diz Thiago Correia, diretor da Aneel.
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