O volume morto do manancial, que agora não abastece mais o município
Download
Recreio vive a pior crise hídrica de sua história. Distante 62 km de Cataguases, seus 10.500 habitantes enfrentam o racionamento de água pela segunda vez, em menos de três meses, sendo que agora, conforme revelam as autoridades municipais, sem data para a medida ser revogada. Mantida as atuais condições climáticas que agravam a realidade local dia após dia, até o carnaval daquele município, tradicionalmente muito animado e que traz diversos turistas à cidade, cuja programação oficial será anunciada nos próximos dias pela prefeitura, pode perder um pouco de sua alegria. Possibilidade, aliás, que ninguém quer imaginar, torcendo para que até lá chova o suficiente para não comprometer a festa de Momo.
O assessor de Comunicação da Prefeitura de Recreio, Leonardo Ribeiro, disse que a festa mais tradicional do país terá uma programação bastante "atraente". Sobre o racionamento de água e os problemas que traz à população, ele diz que as medidas que estão sendo tomadas "são necessárias ao mesmo tempo que buscam impactar o menos possível a rotina da população". As 3.500 residências do município ficam sem água das 12 às 18 horas, diariamente. O Manancial, espécie de represa, situado na Serra das Virgens, zona rural do município, foi utilizado até recentemente como a principal fonte de captação de água pelo SAAE - Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto - uma autarquia municipal, responsável por levar água tratada a todos os lares de Recreio. Paralelamente, diz o assessor de comunicação, a prefeitura vem estudando, junto a órgãos especializados, formas alternativas de captar água, principalmente a da chuva para minimizar o problema,. Ele lembra, porém, que são medidas que terão efeito "a médio e longo prazos".
O agravamento da seca neste Verão, aliado ao maior consumo de água e ao desperdício, praticamente secou o Manancial, como mostram as fotos que ilustram esta reportagem e obrigou o SAAE a captar água diretamente no córrégo dos Monos (foto), um curso d'água de pouco volume que corta o município, contou à reportagem Leonardo Ribeiro. Ele lembra que especialistas em metereologia estão prevendo que as chuvas de janeiro, fevereiro e março serão abaixo da média e que o risco é de que a seca este ano seja mais intensa do que em 2014. Por isso, ele reitera o apelo à população para economizar água, reutilizá-la sempre que possível, além de não desperdiçar o produto como, por exemplo, lavando calçadas e carros com mangueira. "É preciso que todos tenham esta consciência de que o momento é grave e façam economia, contribuindo assim para não agravar ainda mais esta realidade", disse. (Fotos cedidas pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Recreio)
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE