Enquanto as polícias civil e militar realizam buscas intensas pelo suspeito de ser o autor do primeiro homicídio de 2015 em Cataguases, Wagner Augusto Cortes, o "Waguinho", de 21 anos de idade, e também descobrir o motivo do crime, a residência e os familiares do suspeito foram alvo da ira e da agressão de um grupo de pessoas exaltadas que lá esteve nesta noite de segunda-feira, 12, gritando por justiça. A Polícia Militar compareceu no local e constatou que apenas um vidro de uma das janelas havia sido quebrado, provavelmente por uma pedra.

Os familiares de Waguinho moram no bairro Carijós, próximo do local do crime e foram surpreendidos com a chegada do grupo. Os manifestantes embora quando o padrasto do suspeito, senhor Eduardo, anunciou que iria chamar a Polícia. Chateado com a tragédia que se abateu sobre sua família e agora, preocupado também com a sua segurança e a de seus familiares, ele prefere ficar em silêncio e esperar que as autoridades tragam respostas para o que aconteceu próximo de sua residência na noite do último domingo.

A ex-mulher de Waguinho, Thamires Nikele Andrade, aceitou conversar com a reportagem do Site do Marcelo Lopes, por telefone. Eles foram casados por "pouco mais de dois anos" e tem uma filha. Há quase cinco meses se separaram, acrescentou. Ela garantiu que o motivo que levou seu ex-marido praticar o crime não foi passional. "Eu não conhecia o Pablo, não estive com ele no Clube do Remo, apesar de eu ter ido naquele baile. Por isso posso afirmar que não foi este o motivo da morte de Pablo", assegurou.

Thamires disse não saber o que teria levado seu ex-marido "a fazer uma coisa dessa". Ela contou que participava do pagode no bairro Carijós onde Pablo também estava, mas que só ficou sabendo que era ele "depois que tudo aconteceu". Ela disse ainda que Waguinho não foi ao pagode e quando Pablo deixava o local, após o término do evento, eles se viram "e foram um ao encontro do outro e o pior aconteceu", finalizou.