Majella, em primeiro plano, com Samira ao fundo, na abertura da sabatina
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Por iniciativa do vereador Maurício Rufino e com a aprovação dos demais membros daquela Casa, foi realizado na noite desta quarta-feira, 10 de dezembro, um debate entre os candidatos a presidência da Câmara Municipal de Cataguases. Na prática, porém, o que aconteceu foi uma sabatina ao até agora único candidato oficial, Geraldo Majella Mazini, do Partido dos Trabalhadores, que respondeu às perguntas de apenas quatro de seus pares e do público presente, cerca de trinta pessoas.
O evento foi mediado pela servidora da Câmara Municipal e advogada, Samira Souza Silva, que informou suas regras e conduziu toda a sabatina com desenvoltura e segurança. Majella, muito à vontade, falou sobre seus projetos, caso seja eleito presidente do Legislativo municipal.
Veja abaixo seus principais compromissos.
- Servidores: Vai intensificar o aproveitamento dos servidores, melhorar o convívio entre eles, o espaço físico e promover uma harmonização do local de trabalho.
- Comunidade: Quer estar presente nos bairros e nas escolas a fim de promover uma educação para a cidadania junto aos estudantes que vão, assim, conhecer melhor o trabalho do vereador.
- Devolução de recursos: Espera devolver as sobras do Legislativo antes do final do ano, mas quer indicar ao Executivo onde ele deverá aplicar estes recursos.
- Candidatura de Consenso: Segundo ele, o que impediu a formação desta chapa foi o fato dela ter sido impositiva. De acordo com Majella, todas as propostas que lhe fizeram neste sentido ele precisava se adaptar à ela. Ele disse estar aberto à negociação, mas o que aconteceu até aquele momento foi "uma determinação em que eu teria que me subordinar e eu não aceito imposição", afirmou.
- Relação com o governo municipal, estadual e federal: Disse esperar que o seu partido olhe por Cataguases e que ele vai cobrar realizações no município. Revelou sua disposição para visitar os governantes "quantas vezes forem necessárias para que Cataguases receba as obras que precisa para crescer". A relação do presidente da Câmara Municipal com o chefe do Executivo será "a melhor possível", assegurou.
- Procurador do Legislativo: Ao responder uma pergunta do público que queria saber se há a possibilidade de o Procurador do Legislativo ser
escolhido através de concurso público, Majella disse não ser isto possível "por enquanto" porque é um cargo em que "o Presidente da Câmara precisa confiar no profissional, que é quem vai lhe dar segurança para tomar as decisões". Em seguida anunciou que se for eleito o atual Procurador, José Henriques, continuará no cargo.
- Comportamento dos vereadores: Se eleito, afirmou que fará cumprir o Regimento Interno a respeito da disciplina dos vereadores durante as sessões, impedindo assim, discussões e agressões verbais entre os vereadores.
O Site do Marcelo Lopes pediu a três pessoas que assistiram à sabatina, uma avaliação. Veja, abaixo a opinião de cada um.
"O debate realizado ontem na Câmara Municipal de Cataguases valeu pelo conceito, ou seja, pelo ato convocatório democrático, iniciativa do vereador Maurício Rufino. O conteúdo pouco ou nada mostrou. Sugiro a alteração do Regimento da Casa, no sentido de que toda eleição para a Mesa Diretora exija a inscrição de chapas com pelo menos 15 dias de antecedência ao pleito e que se crie a obrigatoriedade, uma semana antes da mesma, de realização de debate entre candidatos. Aí vai funcionar, sem golpismos, mistérios e ausências. O voto aberto já é uma primeira vitória." João Henrique Faria – Jornalista. (Foto: Roberto Kimura)
"A grande utilidade do debate, a meu ver, é saber como o presidente da Câmara se posicionará em relação ao Executivo. Isso é o que de fato importa para a população que não tem direito a voto, mas que sofre as consequências da relação entre os dois poderes. Infelizmente só ouvimos um candidato, que respondeu bem a essa questão dizendo que o executivo terá dele a honestidade em dar apoio os projetos de interesse da população, assim como seu veto caso contrário. Gostei do que ouvi do candidato único, até agora". Alexandre Soares Campos - Analista de Sistemas
"A ideia do debate foi fantástica. Entrou para a história da cidade, sendo o primeiro para presidente da Câmara. Por falar em fato histórico, essa eleição será a primeira eleição com o voto aberto. O debate só veio a somar, tendo em vista que tornou a votação pública. Vale lembrar que no passado as votações eram fechadas, sendo debatidas e negociadas nos bastidores, sem qualquer tipo de participação popular. A grande maioria da população aprovou o debate ,e tenho certeza que outras cidades seguirão o exemplo de Cataguases, que novamente está na vanguarda". Paulo Lúcio Silva, o "Carteirinho" - Funcionário dos Correios
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