- Dilson Martins descarrega os documentos na Equiplastic com a ajuda de um funcionário.
Recentemente a historiadora cataguasense Joana Capella foi até à Câmara Municipal denunciar o descarte de documentos históricos de Cataguases. Conforme comprovou, parte desta documentação foi enviada para o lixo e outra vendida como papel velho para uma loja, situada na Vila Reis, que compra sucata para revender. Ao tomar conhecimento deste acontecimento ela localizou os documentos e os resgatou, impedindo que fossem destruídos. Além disso, tornou público o episódio e exigiu providências dos Poderes Legislativo e Executivo no sentido de que seja cumprida a legislação sobre a manutenção e preservação de documentos históricos. No último dia 9, e após negociações com a prefeitura para reintegrar os documentos ao acervo do município, Joana devolveu todo o material, que foi levado para uma sala na empresa Equiplastic, cedida pelo seu proprietário João Batista Alves Lima, o Tita. Lá os livros, segundo informou a historiadora, deverão passar pelo “necessário processo de secagem e higienização, sob a responsabilidade e cuidados da Secretaria de Administração. Fica a expectativa de que este seja o primeiro passo para a organização de nosso arquivo histórico”, disse.Joana acrescentou que cerca de cinquenta livros já haviam sido recolhidos ao DEMPHAC – Departamento Municipal de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Cataguases – e que a partir de agora seu papel será o de acompanhar “à distância o desenrolar dos fatos, tendo-me colocado, inclusive, à disposição do Secretário de Administração, Jesusimar[caption id="attachment_1596" align="alignleft" width="196" caption="Tita, da Equiplastic, ao lado dos documentos,"]
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Dornelas, para, se desejar, uma possível colaboração”, explicou. Ela revelou também ter entregue ao Secretário um CD com cópia das leis Federal e Estadual, Resolução do CONARQ e relação do acervo tombado do Museu Alípio Vaz.A historiadora lembra que a única solução para os documentos é a organização do Arquivo Histórico “que, por lei, é órgão da Secretaria de Administração ou da Chefia de Gabinete do Executivo”. E pergunta: “quem sabe não se animam a reorganizar o Museu (Alípio Vaz) e dentro dele um Centro de Documentação?”, mas, em seguida, revela o que julga ser “o grande problema” do acervo histórico de Cataguases. “Há documentos no Arquivo Municipal e uma parte no Demphac, sob a guarda da Secretaria Municipal de Cultura estão espalhados pelas dependências da Prefeitura desde que o Museu Alípio Vaz foi desmontado”, conta. Finalizando, Joana, conclui: “Como ninguém tem a catalogação deste acervo, muito menos o seu controle, o resultado foi este infeliz episódio”.[caption id="attachment_1599" align="aligncenter" width="300" caption="Os documentos foram alocados em uma sala e estão acomodados sobre paletes."]
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