Em 27/11/2014 às 07h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Palestra sobre desejo sexual feminino recebe grande público e inova conceitos

A palestra da médica e sexóloga Maria Ângela também contou com a participação do público

A palestra da médica e sexóloga Maria Ângela também contou com a participação do público

Download
A médica Maria Ângela Girardi, especialista em Sexualidade Humana, realizou na noite desta quarta-feira, 26 de novembro, na Casa de Cultura Simão, uma "conversa", como ela mesma definiu, sobre "O desejo sexual feminino". Com a casa lotada, em sua maioria por mulheres, apesar de ser aberta aos homens, ela falou sobre os mitos, preconceitos, o não conhecimento do comportamento sexual feminino, bem como a ação de hormônios e de neurotransmissores sobre o impacto nas experiências sexuais e emocionais.

Se um dos objetivos era quebrar preconceitos e paradigmas, Maria Ângela começou jogando por terra o conceito de relação sexual. Segundo revelou "até Kinsey (estudioso norteamericano), em 1948, o sexo normal, entre aspas, era o sexo que existia entre homem e mulher e que focava a área genital. Depois dos experimentos de Kinsey tem mudado esse conceito", disse para revelar em seguida o que é uma relação sexual: "Entre quatro paredes, as pessoas envolvidas devem ser adultas, deve ser consensual e não cause sofrimento, tudo é válido. Ou seja, aquela história de que sexo é assim, tem que ser daquele jeito, isso acabou, não é válido", frisou.

imageEm outro momento, Maria Ângela falou também das disfunções sexuais na mulher que são "da excitação, do desejo, do orgasmo, da dor e do hiper desejo, que é a ninfomaníaca". Ela revelou que "em 2004, uma estudiosa canadense, Basson, explicou que a mulher, após um tempo de relacionamento com o mesmo parceiro ou parceira, vai para a cama - muitas vezes - sem vontade e se permite isso para se sentir excitada, manifestando aí um desejo responsivo". Sobre orgasmo, a médica também jogou por terra a imagem de que o orgasmo tem que existir em todas as relações. "Hoje isso é tabu. O homem fica mais assim, indisposto, quando não tem orgasmo. Isso é um fracasso pra ele. Já a mulher é uma coisa comum, não ter orgasmo. Para ela o mais importante é o que a gente chama de satisfação sexual".

Por fim, Maria Ângela disse que fica feliz por "estar passando algumas coisas, desmistificando muitas coisas na mulher e promover uma mudança no comportamento da mulher e no seu próprio corpo. Além disso o objetivo é melhorar a relação, porque o casamento tá ali, mas o relacionamento já não acontece mais", conta. Sobre a possibilidade de palestras como esta se repetirem para públicos especificamente masculino, adolescentes e terceira idade, Maria Ângela disse que "a demanda vai chegando e a gente vai se apresentando. Nossa vida é essa de levar educação onde nos convidam", finalizou a médica e sexóloga.

image
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Tags: médica, sexo, feminino, Maria Ângela, desejo





Todos os direitos reservados a Marcelo Lopes - www.marcelolopes.jor.br
Proibida cópia de conteúdo e imagens sem prévia autorização!
  • Faça Parte!

desenvolvido por: