O programa Conversa Franca, da Rádio Brilho, dessa terça-feira, 11 de novembro, apresentado por Sousa Mendonça, repercutiu à noite na sessão da Câmara Municipal de Cataguases. Na parte final da reunião, chamada "Grande Expediente", o radialista Gomes, que apresenta um programa matinal na Rádio Ativa FM fez uso do espaço dedicado à comunidade para se defender do que ele chamou de "insinuações maldosas" ligando seu nome à administração municipal. O assunto deu o "tempero" que faltava à uma sessão morna e cansativa.

Gomes referia-se, na verdade, a um comentário surgido durante o debate promovido por Sousa Mendonça em seu programa "Conversa Franca". Na manhã de terça-feira, o assunto em pauta era o serviço de medicina do trabalho que a Prefeitura de Cataguases manteve durante anos e que recentemente foi desativado. Agora, esta tarefa é realizada por uma empresa privada, AML - Assistência Médica Leopoldinense Ltda, que teria como proprietária, ainda conforme revelaram os participantes do programa, Beatriz Vieira de Oliveira, que é esposa do Chefe de Gabinete, Tomaz Esteves Gomes da Silva e filho do radialista Gomes.

Aquele comunicador fez questão de deixar claro que não estava ocupando a tribuna da Câmara para defender "meu filho nem tampouco o prefeito Cesinha", disse. Gomes revelou ter conversado com o Secretário de Administração do município, Walter de Paula, que lhe garantiu que o serviço agora prestado no setor de Medicina do Trabalho vem trazendo "economia para os cofres públicos", acrescentando que se há alguma irregularidade na contratação da referida empresa "ela deve ser apurada", assegurando que ele nada tem a ver com isso. A AML foi contratada em regime de urgência pela prefeitura e seu contrato termina no final de dezembro. Segundo informou Gomes a prefeitura gastou no último mês com aquela empresa "cerca de dois mil e novecentos reais sendo que anteriormente os gastos na mesma área chegavam a dez mil reais". 

Sobre a vinculação de seu nome ao de seu filho, o radialista disse o seguinte: "O que não posso admitir é que todas as vezes que falam do meu filho, citam o meu nome como se eu tivesse alguma coisa a ver com os atos dele. Quero deixar claro aqui - prosseguiu Gomes - que Tomaz (foto ao lado) é um cidadão como outro qualquer, é independente e age por sua própria conta. Não pedi ao Cesinha nomeá-lo a cargo nenhum e mantenho uma postura crítica com relação a este governo. Portanto, finalizou Gomes, eu quero pedir que deixem de citar o meu nome quando falam do meu filho". O radialista ainda frisou que esta vinculação com Tomaz é "pejorativa porque é feita com maldade para parecer que há algum tipo de maracutaia por trás das ações dele, ou que estou sendo beneficiado de alguma maneira por esta administração", acrescentou Gomes.