Em 31/10/2014 às 07h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Técnicos em Saúde revelam aos vereadores preocupação com a dengue e a febre chikungunya

A nova doença vem preocupando as autoridades em Saúde de todo o país e já foram encontrados em Cataguases os dois mosquitos transmissores desta febre

Vereadores e público presente ouviram atentos as informações prestadas pelos agentes de saúde

Vereadores e público presente ouviram atentos as informações prestadas pelos agentes de saúde

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Membros do Núcleo de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde de Cataguases compareceram à Câmara Municipal, na sessão da última terça-feira, 28 de outubro, para revelar aos vereadores e à população as informações atualizadas sobre dengue e a mais nova preocupação das autoridades de Saúde do país, a febre chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

O biólogo Élcio Ferreira destacou que, em Cataguases, há risco iminente de epidemia de Dengue nos próximos meses, porque, no ano passado, houve a introdução do sorotipo 4 da doença no município. Aliado a isso, de novembro a março, as condições climáticas do período de chuvas favorecem a proliferação do mosquito transmissor da doença, explicou o funcionário do Núcleo de Controle de Endemias.

Sobre a febre chikungunya, foi ressaltado que, além de ser transmitida pelo Aedes aegypti, essa doença também tem como vetor outro pernilongo, o Aedes albopictus. Por causa disso, os últimos Levantamentos de Índices realizados em Cataguases também consideram a presença desse mosquito, constatando uma média de 0,2% de infestação predial.

Os sintomas da febre chikungunya são semelhantes aos da dengue, mas o vírus dessa doença, nova no Brasil, avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações, com fortes dores que podem durar meses e até anos. Atualmente já são 828 casos de infecção pelo vírus chikungunya no Brasil e os estados afetados são Bahia (458), Amapá (331) e São Paulo (17). Por isso, as autoridades de Saúde de Cataguases estão em alerta.

imageO coordenador do Núcleo de Controle de Endemias, Alencar Francisco Norte Júnior (foto ao lado), reiterou a importância da contribuição de todos para a eliminação dos focos de água parada que servem de criadouros para essas duas espécies de Aedes. "a maior parte dos focos dos mosquitos são encontrados em depósitos removíveis, ou seja, caixas d’água, bebedouro de animais domésticos, entre outros recipientes que são descartados de forma inadequada e acumulam água", completou Alencar, enquanto detalhava estatísticas e apresentava ações do Plano de Contingência de Combate à Dengue.

Conforme números atuais, em 2014, foram notificadas 105 suspeitas de dengue em Cataguases, sendo 28 casos confirmados. A informação demonstra que, no município, houve queda brusca nos registros da doença neste ano em relação a 2013, quando foram 1.381 casos confirmados e 1 óbito. Contudo, o coordenador do Núcleo de Controle de Endemias disse que o número atual é relevante, se for considerada a situação atípica vivida por causa de pouca chuva. 

O resultado do 3º Levantamento Rápido de Índice do Aedes aegypti – LIRAa, realizado em 1379 imóveis, entre os dias 20 e 22 de outubro, constatou infestação predial nos bairros Fátima (9,09%), Pouso Alegre (5,5%), Vila Domingos Lopes (4,76%), Ibraim (3,12%), Ana Carrara (2,86%), Primavera (2,7%), São Vicente (2,38%) e Dico Leite (1,63%). O Ministério da Saúde preconiza que o Índice de Infestação Predial deve estar abaixo de 1%.
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Autor: Paulo Victor Rocha

Tags: febre, chikungunya, dengue, saúde, mosquito





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