Em 11/10/2014 às 12h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Vereador e usuários pedem solução para problemas no transporte coletivo municipal

Coordenador da Catrans, órgão responsável pelo setor, diz que entidade não é omissa e revela que apenas ‘linhas repetidas" deixaram de circular

Ônibus cheios seriam uma constante em algumas linhas, reclamam usuários

Ônibus cheios seriam uma constante em algumas linhas, reclamam usuários

Download
Usuários do transporte coletivo público em Cataguases reclamam do número insuficiente de ônibus atualmente em circulação na cidade e apontam outros problemas relacionados a essa prestação de serviço, como os recorrentes atrasos e descumprimentos de horários, além da superlotação de passageiros nas horas de pico. Tais situações, segundo os populares, vêm se agravando especialmente depois que seis linhas deixaram de vigorar, após a Viação Dorico (empresa AWM Turismo) ter sido desvinculada do sistema de transporte municipal. 

Para apurar o que de fato ocorre, nessa sexta-feira, 10, a reportagem do Site do Marcelo Lopes, acompanhou o vereador Vinícius Machado, em visita aos bairros Marote, Paraíso, São Diniz, Pampulha e Sol Nascente, quando ouviu reclamações de todos com quem conversou a respeito da qualidade do transporte coletivo em Cataguases. "Não ficou bom, infelizmente temos que falar a verdade, e matam horário, não tem horário certo aqui", disse uma senhora que reside no bairro Marote, onde foi excluída a linha que fazia o itinerário até o Taquara Preta.

imageDe acordo com Lavina Adelaide (foto ao lado), moradora do bairro São Diniz e comerciante no Pampulha, a situação nessas duas localidades também não é boa, principalmente depois que foram retiradas as linhas Pampulha x Meca e São Diniz x Primavera. Lavina relata que os outros ônibus foram sobrecarregados, o que desregulou horário e ocasionou desconforto para os passageiros. "E está assim, ônibus lotado", completou a usuária do transporte coletivo público.

Outra insatisfação é revelada por uma idosa no bairro Paraíso, onde as linhas Miguel x Paraíso e Sol Nascente x Paraíso deixaram de circular. Segundo a senhora que preferiu não se identificar, os ônibus "vêm um atrás do outro e se você perder os dois tem que esperar uma hora pelo outro. E tem vez que você está aqui e não vem nenhum dos dois", desabafou.

A reportagem do Site do Marcelo Lopes também ouviu pessoas que sofrem com a falta de ônibus mesmo antes da diminuição da frota em circulação. Por exemplo, no bairro Sol Nascente, o ponto final do ônibus é distante das partes altas do morro e, segundo os moradores, as autoridades alegam que a ausência de ônibus se dá porque os veículos não conseguem subir. "Às vezes tem coisa na promoção que a gente não pode comprar, porque marchar lá de baixo até aqui em cima com troço pesado não dá não. As pessoas de idade dependem do ônibus", exclamou uma moradora.

imageConforme analisou o vereador Vinícius (foto ao lado), "as mudanças aconteceram sem ouvir a população e quem sofre, no final, são os usuários. O que eu acho inadmissível é que a Catrans se mantenha impassível diante dessa situação", destacou o vereador, lembrando que, na última sessão ordinária da Câmara Municipal, foi estipulado um prazo para que a Catrans apresente uma possível solução para o problema. 

"Se isso não ocorrer, solicitarei uma comissão para investigar o caso, porque nós não podemos permitir que a população saia prejudicada. As linhas boas, que rendem bom retorno financeiro, foram rapidamente absorvidas pelas duas empresas que continuam vinculadas ao sistema de transporte municipal, mas, as outras seis, pouco lucrativas, estão paradas e deixando de atender o povo", ressaltou Vinícius, referindo-se aos itinerários Miguel/Paraíso, Meca/Santa Clara, Paraíso/Sol Nascente, Taquara Preta/Marote, Pampulha/Meca e São Diniz/Primavera.

Depois de ouvir os usuários das linhas de ônibus, a reportagem do Site do Marcelo Lopes conversou com o coordenador da Catrans, Hélio de Andrade. Ele diz que não há ônibus sem circular, explicando que quatro linhas eram repetidas e, por isso, não foram interessantes para as empresas assumirem. Capitão Hélio também revela que duas novas linhas (Marote x São Marcos e Carijós x Palmeiras) estão em teste e explica que não há como uma empresa manter linhas que não rendem faturamento suficiente para pagar os custos. 

imageQuando questionado sobre a responsabilidade da Catrans de cobrar das empresas o cumprimento de horários, o coordenador destaca que a fiscalização acontece e multas são aplicadas, mas, segundo Hélio (foto ao lado), os problemas no transporte coletivo público só serão resolvidos quando for criado um terminal rodoviário no Centro. Isso ainda não foi possível devido à falta de recurso, uma vez que, de acordo com o coordenador da Catrans, seriam necessários cerca de R$160 mil para a implantação do sistema, conforme, ainda segundo ele, estudo elaborado por especialistas. 

Sobre a possibilidade de aumento nas linhas de ônibus urbano, capitão Hélio frisa que "pode ocorrer se houver demanda", mas reitera que existem determinações judiciais impedindo a realização de licitações no momento. Para finalizar, o coordenador da Catrans diz que o setor de sua responsabilidade disponibiliza formulário para a população registrar suas reclamações sobre os serviços de transporte coletivo público e ressalta que o órgão não é omisso quando fica sabendo de qualquer irregularidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Autor: Paulo Victor Rocha

Tags: catrans, ônibus, transporte, coletivo, urbano





Todos os direitos reservados a Marcelo Lopes - www.marcelolopes.jor.br
Proibida cópia de conteúdo e imagens sem prévia autorização!
  • Faça Parte!

desenvolvido por: