O Programa Conversa Franca, transmitido pela Rádio Brilho FM, sob o comando do comunicador Sousa Mendonça entrevistou nesta quinta-feira, 25 de setembro, a Secretária Municipal de Educação de Cataguases, Luciana do Carmo Barbosa Moreira, que esteve acompanhada da diretora administrativa daquela Pasta, Sandra Vieira. O programa contou com a participação especial do jornalista Marcelo Lopes, editor deste Site, e tratou de diversos assuntos que vinham sendo motivo de polêmica e que necessitavam de esclarecimentos.

Luciana respondeu a todas as perguntas com tranquilidade e segurança dando, inclusive, detalhes sobre alguns dos temas abordados. Um deles, muito comentado até hoje, garante que ela comprou chocolates em uma franquia famosa durante sua permanência em Brasília. A secretária negou ter adquirido chocolates, muito menos na referida loja e disse ter enviado um esclarecimento sobre o assunto ao Ministério Público. Ela revelou que tomou seu café da manhã - que foi um chocolate expresso - no aeroporto antes de embarcar de volta a Cataguases às 5 horas, acrescentando que em Brasília não hospedou-se em hotel, mas sim na casa de seu irmão, "ou seja, economizei dinheiro público", concluiu.

A respeito do transporte escolar, tema que mais tempo ocupou no programa, Luciana Moreira esclareceu que é ilegal fazer transporte de alunos na zona urbana que é servida de transporte coletivo. "Nós fazemos da zona rural para a cidade, inclusive de alunos de escolas estaduais e, por causa de uma lei aprovada pela Câmara Municipal, também daqueles que estudam, por exemplo, em curso de inglês. Mas com relação ao transporte dentro da cidade não podemos fazer até porque não temos condições de transportar todos os cinco mil e duzentos alunos da rede municipal", completou.

Sobre custos do transporte, Luciana disse que desde o início de sua gestão os valores pagos com transporte escolar foram reduzidos quase à metade. "Quando assumimos no começo do mandato, este custo mensal girava em torno de 33 mil reais e hoje oscila entre 16 e 19 mil reais", contou. Já a respeito do atraso nos salários dos professores cujos recursos são enviados pelo Governo Federal através do Fundeb, a secretária de Educação disse não ser sua esta competência mas acredita seja uma opção do prefeito para não gerar problemas internos entre as categorias profissionais.

As denúncias recorrentes de falta de material escolar nas unidades de ensino municipais também foram rechaçadas pela Secretária de Educação. Luciana revelou que todas as escolas possuem material escolar suficiente para o número de alunos que abrigam. A dificuldade enfrentada por sua Pasta com relação às escolas, segundo admitiu, é a falta de recursos para realizar obras de manutenção. Para resolver esta situação, Luciana contou já ter ido ao Governo do Estado de Minas pedir recursos e que as negociações neste sentido deverão deslanchar em breve, disse otimista. 

Com relação à implantação do IFET em Cataguases, Luciana disse que participou das negociações que culminaram na conquista daquela escola técnica federal para Cataguases "atuando no sentido de dar subsidios técnicos à equipe da prefeitura que comandou as conversações. "A gente forneceu todas as informações necessárias e o Ângelo Cirino (secretário de Desenvolvimento Econômico e Segurança) coordenou este processo com muita tranquilidade", afirmou. Ela disse também que ainda não estão definidos quais cursos o Ifet vai disponibilizar em Cataguases, mas acredita que serão na área de Engenharia.

Luciana revelou, em primeira mão, que as pastas do Fundeb que são vistoriadas pelo Conselho Municipal de Educação voltaram a ser disponibilizadas esta semana. Segundo ela um problema técnico na Prefeitura, que teria substituído um software que gerencia estas e outras informações administrativas apresentou problemas durante sua implantação o que teria atrasado todo este procedimento. Ela reiterou ter "total interesse no acompanhamento pelo Conselho de Educação sobre a aplicação dos recursos do Fundeb". E completou dizendo: "O que pode estar acontecendo na Secretaria de Educação é excesso de zelo com nossas ações e isso pode trazer algum contratempo".

Para encerrar, a Secretária Municipal de Educação explicou a construção da Creche no bairro Popular. "A obra não parou", garantiu. O município cumpriu com a sua obrigação, que foi compactar o terreno e construir aquele muro de contenção nos fundos. Agora estamos aguardando a empreiteira responsável pela obra, que é de Curitiba e ganhou a licitação para construir mil e quinhentas creches como esta no Brasil, deslanchar o serviço. Eu já conversei com seu responsável e ele nos garantiu que a obra vai ganhar novo ritmo nos próximos dias e nós teremos a creche em breve", disse Luciana.