O fogo consumiu uma grande área entre os bairros Bandeirantes e Thomé
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Nos últimos dias a Defesa Civil de Cataguases tem recebido diversos chamados para apagar incêndios em terrenos baldios, sítios e morros. Nesta quarta e quinta-feiras, 10 e 11 de setembro, aquele órgão registrou as duas maiores ocorrências desta época de estiagem, conforme informou Alexandre Rodrigues, o Tico Tico que comandava a equipe da Defesa Civil no combate ao fogo. Como não há previsão de chuva para os próximos dias em quantidade suficiente para molhar a terra e reverter o quadro, a expectativa é de que os cataguasenses terão de conviver com este problema por mais alguns dias. O jeito é ficar alerta e apagar imediatamente os focos de incêndio no início, alerta Carlos Pires Júnior, da Defesa Civil.
Na tarde da última quarta-feira, dois incêndios, um no Bairro Primavera, de menor envergadura e outro na Zona Rural, na localidade conhecida como Água Branca, próxima ao distrito de Cataguarino o fogo alastrou por diversas propriedades rurais causando grande prejuízo a seus proprietários. A equipe da Defesa Civil esteve no local e ajudou a combater o fogo, mas como não possui equipamentos específicos para este tipo de incêndio e devido a cidade não ter uma Fração do Corpo de Bombeiros, o trabalho limitou-se a evitar que o fogo invadisse residências ou trouxesse mais riscos aos moradores.
No final da manhã desta quinta-feira, 11 de setembro, a Defesa Civil foi acionada, desta vez para debelar o fogo em um matagal próximo ao antigo clube Meca cujas chamas ameaçavam invadir uma residência. Quando o serviço estava sendo concluído naquele local, a equipe recebeu um chamado para se deslocar até o bairro Bandeirantes, próximo ao Lar São Vicente que também corria risco de ser atingido pelo fogo que consumia a mata ao redor. O pessoal conseguiu afastar o perigo do Asilo, mas as chamas se alastraram para os bairros Meneses e Thomé e, mais tarde outro foco também consumiu uma grande área no bairro Independência.
A reportagem do Site do Marcelo Lopes foi avisada do incêndio por um leitor e acompanhou o trabalho da Defesa Civil e a dificuldade que enfrenta para realizar seu trabalho devido, principalmente à falta de equipamento. Aliás, com o que possui, faz verdadeiros milagres ao impedir desastres que certamente um incêndio como o desta tarde provocaria. O caminhão pipa usado pelos profissionais está em péssimo estado de conservação. Segundo apurou a reportagem no local, há problemas de motor, freio, vazamento de água nos registros de ligação de água e, como se não bastasse as mangueiras estão, quase todas furadas, comprometendo o resultado do serviço. Este cenário se contrapõe à excelente qualificação dos profissionais que lá trabalham.
Mesmo com tanta limitação, a Defesa Civil conseguiu impedir que o fogo alcançasse o Lar São Vicente. De lá toda a equipe se deslocou até à FIC-UNIS que também corria o risco de ver o prédio de seu Observatório tomado pelas chamas que chegaram a menos de um metro de distância. O vento também espalhava o fogo que chegou até a localidade conhecida como Cafezal, no bairro Thomé, onde tomou todo o morro destruindo uma grande área. Em frente, um outro foco de grandes proporções, foi registrado no Bairro Independência. Lá, a fumaça tomou conta das ruas e invadiu residências. O fogo também consumiu uma grande área do bairro e deixou os moradores apreensivos já que a Defesa Civil atuava no incêndio do "Cafezal". Apesar disso, até o fechamento desta matéria não havia sido registrado danos a imóveis nem tampouco feridos nestes incêndios, conforme revelou Carlos Pires Júnior, coordenador da Defesa Civil. (Fotos de Paulo Victor Rocha)
Veja as fotos na galeria abaixo.
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