Faleceu na madrugada desta segunda-feira, 1º de setembro, de morte natural, Emília Peixoto Lanna, aos 95 anos de idade. Viúva do saudoso industrial e ex-prefeito Rodrigo Lanna, Dona Emília era diretora-presidente da Companhia Manufatora de Tecidos de Algodão e do Algodão Apolo, onde deu expediente diário até junho último. A empresa foi fundada por seu marido que a presidiu até morrer na década de noventa quando ela o sucedeu na presidência.

Há cinquenta anos fundou o Servços de Obras Sociais, dedicado a atender idosos carentes que naquela época não eram assistidos pela previdência social e, portanto, não recebiam aposentadoria. Mais tarde, quando o país criou o sistema previdenciário ela transformou o S.O.S. na creche que este ano completou trinta e seis anos de atividade ininterrupta.

O jornalista Marcelo Lopes, editor deste site, conviveu com Emília Lanna durante vários anos, inclusive, trabalhou como jornalista da Manufatora, época em que aprofundou esta amizade. Segundo ele, Emília é "sinônimo de trabalho, dedicação e amor à causa que ela sempre abraçou, que foi ajudar aos mais carentes", disse. 

O período em que mais tiveram contato foi quando escreveu o livro "História de um Sonho", lançado em 2003. Marcelo foi convidado por ela a atuar na obra como uma espécie de revisor "mas na verdade, o que fiz mesmo foi dar uma pequena contribuição na escolha das fotos que compoêm a obra, já que ela tinha um acervo fantástico", lembra. No livro dona Emília conta em detalhes e com farto material fotográfico, a história do S.O.S. e da creche. "Aquele livro teve um significado imenso para ela que se orgulhava de ver a creche funcionando e sempre cheia de crianças", acrescentou o jornalista. 

Emília Lanna deixa cinco filhos: Rodrigo Filho, Regina, Virgínia, Angela e Maria Lúcia, netos e bisnetos. Seu corpo está sendo velado na sede do S.O.S.(Serviço de Obras Sociais)- que fica na Praça Rogério Teixeira, 52, próximo à Rodoviária). O sepultamento será às 17 horas, no Cemitério Municipal São José.