O bom e velho rock and roll esteve presente na noite deste sábado no Centro Cultural Humberto Mauro, com a premiada banda O Terno. Os irreverentes rapazes se apresentaram como parte da programação do Projeto Usina Cultural, que é realizado e produzido por Fausto Menta, com apoio da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e patrocínio da Energisa através da Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

O Terno, na verdade, faz um rock and roll à sua maneira, com boas doses de vanguarda e retrô. Juntam estes elementos, colocam no liquidificador criativo que alimenta a banda e o resultado é um som único, com solos magníficos do melhor do rock com letras e melodias de sua própria autoria e também com outras do não menos experimentalista e ícone, Tom Zé. O resultado dessa "mistura" é um som que vai do tradicional rock and roll a frases quase faladas no meio das canções. 

Depois de tudo isso pronto o resultado é algo novo, inédito. Nâo há na música brasileira (ouso afirmar) alguém que faça rock nos moldes dO Terno. Sem contar a interação com o público que funciona muito bem e dá um toque mais descontraído ao show. E o que é melhor: pega o público na veia e quando menos se espera, já está cantando (aqueles que conhecem as composições, claro) e dançando (ou pelo menos com vontade de fazê-lo). 

O Terno tem seu lugar na cena musical brasileira, com louvor, e comprova que a música hoje está muito mais eclética e aberta a todas as tendências. O Projeto Usina Cultural tem a qualidade singular de apresentar esta realidade contribuindo para colocar Cataguases como uma das poucas cidades do interior deste país a abrir espaço para a música, em seu sentido amplo, mostrando o quanto é diversificada e excelente o que vem sendo produzido por aqui.

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