O Juiz da Primeira Vara Cível da Comarca de Cataguases, Eduardo Rabelo Thebit Dolabela, concedeu uma entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes, na tarde desta quinta-feira, 7 de agosto, quando falou sobre sua decisão que suspendeu os efeitos de sua sentença a respeito do caso Viking Lanches. Na tarde da última quarta-feira, 6, aquele magistrado acatou parcialmente os embargos de declaração impetrados pelo advogado de defesa João Mário Paes Correa. Com esta nova decisão o Viking Lanches vai continuar funcionando onde está até nova decisão judicial.

Eduardo Dolabela recebeu a reportagem do Site no intervalo de duas audiências. Ele explicou que os recursos interpostos em Ação Civil Pública, "como é o caso do Viking, tem efeito apenas devolutivo, mas o juiz pode atribuir o efeito suspensivo se verificar a possibilidade de dano à ré, como de fato entendi, já que a empresa exerce seu comércio há mais de vinte anos no município, gera diversos empregos, renda e é o sustento de seus sócios", revelou o juiz.

De acordo ainda com aquele magistrado, "com base nas circunstâncias e na existência de uma situação consolidada ao longo dos anos, o Viking está autorizado a funcionar até o julgamento final da demanda", afirma. Ele completa seu raciocínio dizendo que o "o imediato fechamento da empresa, traria o desemprego de diversas pessoas e retiraria o ganha pão de seus donos, trazendo risco de dano irreparável". 

O caso Viking Lanches vem mobilizando toda a população que tem se manifestado contrária a decisão da justiça. O caso chegou à Câmara Municipal na noite de terça-feira, 5, quando os vereadores Fernando Amaral e Vinícius Machado, apresentaram projeto de lei transformando toda a Avenida Astolfo Dutra em região livre para o funcionamento de empresas e comércio. A iniciativa, se aprovada, vai beneficiar diretamente o Viking que sairá da ilegalidade.