Ricardo Caetano (à direita), confirmou déficit de R$100 mil nas contas do Hospital
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O médico Ricardo Caetano de Souza, diretor clínico do Hospital Cataguases, participou na manhã desta quinta-feira, 29 de maio, do programa "Conversa Franca", na Rádio Brilho e que é apresentado pelo radialista Sousa Mendonça. Ele falou sobre os trabalhos de uma comissão mista que foi criada na última semana para levantar os custos daquela Santa Casa com a manutenção do Pronto-Socorro que desde fevereiro último está funcionando nas dependências do Hospital e sob sua responsabilidade. O programa contou com a participação do jornalista Marcelo Lopes, editor deste Site, que também entrevistou aquele médico.
Ricardo mostrou-se descontente com a situação vivida pelo hospital desde o início do funcionamento do Pronto-Socorro. Ele foi veemente ao dizer que a saúde pública é "dever do município" e que o hospital é "um prestador de serviços e precisa receber por isso, porque tem compromissos a cumprir". Para o diretor clínico é "um absurdo o hospital estar passando por esta "enorme dificuldade financeira desde que assumiu o Pronto-Socorro a ponto de ter que pagar título em cartório", revelou. Ricardo completou: "A coisa é bem prática, o custo é esse e tem que haver dinheiro para pagar este custo. Caso isso não aconteça, aí a Mesa Administrativa do Hospital vai ter que tomar as medidas necessárias."
Sobre a reunião da comissão mista formada por membros da Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, Câmara Municipal e Hospital, para aferir os custos da prestação de serviços referentes ao Pronto-Socorro, Ricardo revelou que constatou-se um déficit mensal de pouco mais de "cem mil reais, que precisa entrar no caixa do Hospital até o dia 19 de junho porque no dia 20 temos que pagar os salários dos prestadores de serviços", lembrou. Esta diferença apurada pela comissão é o que o hospital reivindica receber para deixar de ter prejuízo. Enfático, Ricardo disse: "Não sei de onde virá este dinheiro, mas é certo que o Hospital vai ter que receber este recurso para honrar seus compromissos".
Inicialmente, o prefeito Cesinha Samor havia se comprometido a repassar R$450 mil mensais para custear o Pronto-Socorro, argumentando que a quantia era a mesma que a Prefeitura gastava para manter aquele serviço antes de sua transferência para o Hospital. Este valor, porém, foi reduzido logo no primeiro mês, pelo próprio prefeito, sob o argumento que a Prefeitura não teria condições de arcar com aquela despesa e propôs pagar R$200 mil, mas depois de negociar, chegou ao valor atual, R$250 mil mensais, que vem sendo praticado até o momento. A Comissão, agora, vai apresentar o resultado de seu trabalho ao Promotor de Justiça que está acompanhando o caso, mas a data deste encontro ainda não está definida. Ricardo Caetano acredita que poderá acontecer na próxima semana.
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