Luiza Marilac Rodrigues e o prefeito Arcílio Ribeiro explicam a interdição do hospital
Download
O Hospital Olyntho Almada, em Astolfo Dutra, amanheceu fechado nesta terça-feira, 20 de maio. Determinação neste sentido veio da Vigilância Sanitária de Minas Gerais com respaldo do Ministério Público estadual pelo descumprimento das normas sanitárias vigentes. A informação foi confirmada pela Secretária Municipal de Saúde daquela cidade, Luíza Marilac Rodrigues, em entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes. Ao lado do prefeito Arcílio Venâncio Ribeiro, ela explicou que o município foi surpreendido no final da tarde de segunda-feira, 19, com a informação de que aquele Hospital estava sendo interditado temporariamente por infringir diversas normas da Vigilância Sanitária de Minas Gerais e não funcionaria a partir desta terça-feira, devendo permanecer fechado até a adoção das normas sanitárias previstas na legislação. Dentre as irregularidades apontadas estariam falta de equipamentos e deficiência do quadro de funcionários.
Luiza Marilac explicou que o Hospital Olintho Almada é administrado pela Sociedade São Vicente de Paulo e tem na prefeitura sua maior parceira. "Temos um excelente relacionamento com a direção do hospital e ajudamos em tudo que podemos. Concretamente – continua a Secretária de Saúde - nós repassamos mensalmente cerca de R$60 mil, e como todo hospital de pequeno porte, vem passando por dificuldades financeiras porque não recebe recursos do Estado e vive basicamente com o que vem do SUS, e se a prefeitura não ajuda, ele fecha", afirmou. Ela disse também que o hospital foi construído graças à união da população que, conforme destacou, "até hoje participa ativamente de campanhas que buscam conseguir melhorias para ele".
Arcílio Ribeiro também falou ter sido surpreendido com a notícia da interdição do hospital e sobre as medidas que está tomando desde as primeiras horas desta terça-feira para não deixar a população sem atendimento médico-hospitalar. "Hoje cedo transferimos os pacientes do nosso hospital para o de Cataguases e montamos um posto emergencial dentro da Policlínica para o atendimento que era prestado pelo Hospital. Paralelamente – completa o prefeito - os nossos postos de saúde estão funcionando normalmente e os casos de emergência encaminhamos também para Cataguases". A outra ação tomada por Arcíliofoi junto à Gerência Regional de Saúde (GRS-Leopoldina) e Governo de Minas. Conforme revelou, "estamos trabalhando para reabrir o hospital a fim de que ele possa fazer as adequações exigidas em funcionamento. Neste sentido contamos com o empenho do Diretor da GRS-Leopoldina, Wilian Lobo de Almeida e do Secretário de Saúde de Minas," explicou.
O prefeito lembrou a importância do Hospital para a região, uma vez que ele atende a uma população estimada em vinte mil pessoas, moradores, basicamente em Astolfo Dutra, Dona Euzébia e adjacências. "Hoje nosso objetivo principal é reabrir o hospital, o mais depressa possível. Aliás, este é o desejo de toda a população e, acredito, esta realidade sensibiliza também os nossos governantes e secretários, porque deixar fechar um hospital é colocar vidas em risco, e isso ninguém quer, afirmou. O prefeito lembra que este tipo de acontecimento vem se tornando comum em cidades de pequeno porte "como já aconteceu em Volta Grande e tá pra fechar o de Laranjal, o de Recreio e o de Palma. E eu acho que isso tem que ser revisto com carinho porque estes hospitais em cidades pequenas eles salvam muita gente. Por isso é muito importante a gente lutar junto ao poder público e mostrar pra eles a importância destes pequenos hospitais para os municípios", acrescentou Arcílio.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE