Em 19/05/2014 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Direção do Hospital Cataguases sai frustrada de reunião com prefeito e Ministério Público

Após duas horas de discussão foi criada uma comissão mista para elaborar uma planilha com os custos do Pronto-Socorro. Enquanto isso, verba destinada ao hospital pela prefeitura continua a mesma

Representantes do Hospital de Cataguases estão insatisfeitos e querem mais recursos

Representantes do Hospital de Cataguases estão insatisfeitos e querem mais recursos

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Frustração. Este foi o resultado concreto da reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira, 19 de maio, no gabinete do Prefeito de Cataguases, com o representante do Ministério Público, promotor de justiça, Rodrigo Barros, o prefeito Cesinha Samor, o presidente da Câmara Municipal de Cataguases, Fernando Pacheco, os membros da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde, e a direção do Hospital Cataguases. Também participaram o assessor especial do prefeito Alex Carvalho, o secretário de Administração, Walter de Paula, o secretário municipal de Saúde, Geraldo Antonucci  e o vereador Geraldo Majella Mazini. Após duas horas de discussão foi criada uma comissão mista para elaborar uma planilha com os custos do Pronto-Socorro. A partir daí será definido o valor do repasse pelo município para o Hospital manter em funcionamento o Pronto-Socorro Municipal.

Encerrado o encontro, o provedor do Hospital José Eduardo Machado, a administradora daquela Santa Casa, Maria Inês Dal Bianco, o vice-provedor Carlos Alberto Pinheiro, o diretor clínico, médico Nivaldo Gribel, ao lado da advogada Patrícia Mendonça e do juiz de direito aposentado, Silvério Torres, deixaram o gabinete visivelmente aborrecidos com o insucesso da reunião. Eles apresentaram aos presentes um balanço das despesas do Hospital com o Pronto-Socorro da ordem de R$350 mil mensais, cem mil a mais do que o valor do repasse atual e pleitearam a complementação dos recursos pelo município como condição para a continuidade do serviço. Durante este período de quase quatro meses de atendimento, o Hospital aferiu um déficit mensal de pouco mais de cem mil reais com o Pronto-Socorro.

imageApós muita conversa, proposição de sugestões e de questionamento sobre o custo do hospital, considerado elevado pelo Executivo Municipal, o promotor Rodrigo Barros (foto ao lado) sugeriu a criação de uma comissão mista para apurar e montar uma planilha de custos do Pronto-Socorro. Farão parte dela três representantes do hospital, três da prefeitura e dois do Conselho Municipal de Saúde que terão sete dias para apresentar estes custos em uma nova reunião que deverá acontecer já na próxima semana, conforme informou o provedor do Hospital, José Eduardo Machado.  Rodrigo Barros também sugeriu que, após a definição dos valores do repasse seja firmado um contrato com dez anos de duração entre o Hospital e a Prefeitura para evitar a interrupção dos serviços de Pronto-Socorro repentinamente.

Contrariado, o provedor disse que desde o início do funcionamento do Pronto-Socorro no Hospital "só temos convivido com problemas". José Eduardo, porém, evitou falar em devolver aquele serviço para a prefeitura.  A reportagem, no entanto, apurou que esta tendência é cada vez mais forte entre os membros da Mesa Diretora do Hospital. Mas, esta decisão é exclusivamente do provedor, que estaria relutando em abrir mão do Pronto-Socorro para não perder os recursos anunciados pelo governo de Minas para dotar aquela Santa Casa com uma UTI neonatal, mais vagas na UTI para adultos, entre outras melhorias de um hospital nível dois. Dois outros fatos também contribuem para o agravamento do problema: As crescentes reclamações da população quanto à demora no atendimento, e a inexistência de um serviço voltado exclusivamente para os pacientes que possuem planos de saúde. Por fim, lembrou José Eduardo, "é preciso saber que os gastos com manutenção com equipamentos aumentou muito e isto não estava previsto. Se algum deles apresentar defeito não teremos recursos para consertá-lo".

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Tags: Hospital, Pronto-Socorro, Ministério Público, Prefeitura





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