Anderson "Véio", sendo conduzido para a Viatura da PM
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As polícias Civil e Militar continuam as buscas pelo segundo envolvido na tentativa de assalto à Escola Cecília Meireles, ocorrida pouco depois das 19 horas, desta sexta-feira, 21 de março, em Cataguases. O foragido, segundo informações da PM, saiu do local possivelmente pelo telhado para um dos terrenos vizinhos e de lá deve ter seguido pelo córrego. Já no final da noite, os policiais, após receberem informações da PM de Leopoldina, acreditam que "dificilmente" ele seja daquela cidade nem tampouco que seu apelido é "Zé Neguinho" conforme foi divulgado anteriormente. A alcunha foi revelada pelo assaltante preso durante a operação, que disse tê-lo conhecido na cadeia em outubro.
A proprietária da Escola Cecília Meireles, Sandra Piuzana, passado o susto e a tensão, revelou ao Site do Marcelo Lopes, que a tentativa de assalto começou quando seu marido, Sebastião Franco Teixeira, saía de casa para buscá-la na Praça Chácara Dona Catarina. "Até falei pra ele não ir porque estava perto, mas insistiu dizendo que a gente aproveitaria para dar uma volta. Quando ele chegou no carro - continuou ela - um rapaz com capacete de moto na cabeça e usando um óculos chegou por trás e colocou um revólver no pescoço dele dizendo para entrar e lhe entregar a maleta com o dinheiro". Franco obedeceu e ao chegar negou a existência da referida maleta e percebeu que outro homem também participava da ação criminosa.
Naquela hora ainda haviam alguns funcionários na escola encerrando as últimas tarefas do dia e todos eles, cerca de cinco, foram rendidos pelos ladrões, tiveram suas mãos amarradas e amordaçados com uma fita adesiva bege. Franco contou que ele e outros dois, foram colocados sentados em uma pequena copa existente nos fundos e mais dois funcionários ficaram na área de lazer ao lado. Os assaltantes então subiram para os andares superiores em busca de dinheiro e já tinham separado o notebook usado pela direção da escola e um pouco de dinheiro encontrado no caixa para levarem como parte do assalto. Os proprietários da Cecília Meireles moram no último andar do prédio e lá estava o filho único do casal, de doze anos de idade, que percebeu a movimentação e se trancou em um dos banheiros da casa e não foi descoberto pelos assaltantes que reviraram todo o imóvel e furtaram de lá, apenas bijuterias. O garoto foi libertado pelos policiais quando toda a situação já estava controlada.
Sandra, percebendo a demora do marido, resolveu ir à pé para casa e ao chegar percebeu que alguma coisa estava errada, o que foi confirmada ao ver movimentação suspeita. Ela então chamou a polícia e aguardou do lado de fora. Os Policiais militares chegaram e entraram no imóvel quando viram os funcionários e Franco amarrados. O dono da escola contou ao Site que foi um dos ladrões que lhe soltou durante as negociações com os policiais e subiu em direção ao terraço. Outros funcionários disseram terem sido soltos pelos policiais e até pelos colegas. Policiais civis, que também participaram da ação e militares então começaram a subir o prédio em busca dos assaltantes sem saber se mantinham pessoas reféns. Ao chegarem no terraço foram recebidos à bala e quando os tiros cessaram constataram que estavam sozinhos e conseguiram prender apenas um deles, que estava deitado em cima do telhado de zinco do terraço e que, inclusive, ameaçou se jogar lá de cima. Os policiais negociaram sua rendição e depois de algum tempo, ele se entregou.
Prestes a completar quarenta anos de idade, Anderson Gonçalves Costa, mais conhecido como "Veío", é um antigo conhecido da Polícia cataguasense. Policiais lembram que ele, ainda menor de idade, foi preso por ter participado do assassinato de um taxista na cidade que à época chocou toda a população. Depois deste episódio ele teria, ainda conforme contaram os PMs, se envolvido em diversas ações criminosas. Ele foi preso, não estava ferido e não trazia consigo arma de fogo. Não se sabe se ele desfez-se da arma ou, conforme contou, apenas seu comparsa ainda foragido, carregava um revólver cujo calibre não soube especificar. O colega da tentativa frustrada de assalto, que presumia-se ser de Leopoldina, continua sendo procurado pelas polícias civil e militar que fazem rondas pela cidade durante toda a noite.
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