Geraldo "Luchini", ao centro, preside a reunião do Conselho
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O Conselho Municipal de Trânsito e Transportes de Cataguases realizou reunião na tarde desta terça-feira, 18 de março, na sede da Catrans, quando um dos assuntos amplamente discutido foi o reajuste dos preços da passagem do ônibus urbano neste município. Com as planilhas de valores em mãos, os representantes das três empresas de ônibus que prestam serviço em Cataguases destacaram a necessidade de se terminar a reunião com um número já aprovado pelo Conselho, para que, o quanto antes, seja encaminhado à avaliação do prefeito José César Samor.
O presidente do Conselho, Geraldo Luiz Campos Ribeiro, ponderou que o ideal seria montar uma comissão para avaliar as planilhas, de modo que a votação do valor estipulado ficasse para outra reunião, mas a sugestão não foi acatada pelos empresários, os quais já se sentem prejudicados com a defasagem no valor da tarifa que, segundo eles, é um problema antigo. De acordo com Oder Ferreira Filho, proprietário da Viação Bonança e membro do Conselho, essa situação é preocupante e um dos fatores desse problema se deve ao grande número de gratuidades concedidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, afirmou.
"Nas outras cidades não tem essa gratuidade absurda que temos", disse Oder (foto ao lado), completando que, na Bonança, 57% dos usuários não pagam a passagem. "Se não mexer nos critérios daqui um tempo não tem passageiro para pagar as tarifas", concluiu o empresário. Diante desse e de outros pronunciamentos, ficou aprovado um valor de R$ 2,25 para a passagem de ônibus em Cataguases, dependendo agora da decisão do prefeito municipal, a quem compete a palavra final sobre o assunto.
Outra questão abordada no encontro, ainda relacionado ao sistema de transporte coletivo urbano, foi sobre a falsificação e uso indevido de carteirinhas de gratuidade. Geraldo destacou que aquele documento deveria passar pelo Conselho antes de serem liberadas aos usuários e defendeu maior rigor na fiscalização deste problema. O coordenador do Procon Rafael Vilela, presente à reunião, destacou que a falsificação do documento inclusive deve ser levada à esfera criminal.
Sobre os problemas apresentados pela empresa AWS Turismo EPP (antiga Viação Dorico) no que se refere a diversos defeitos apresentados em sua frota, Luciano Lopes Rocha Martins, representante da empresa e integrante do Conselho, destacou que ela "está em uma situação nunca vista antes. Temos ônibus, peça, mas não temos tempo para colocar os carros para funcionar devido ao aumento da demanda de consertos", destacou. Segundo ele, os problemas com os ônibus da empresa se deve às "condições das vias" que ficaram ruins após as obras feitas pela Copasa. O Conselho vai se posicionar sobre o assunto na próxima reunião, mas Rafael já adiantou que está recebendo muitas reclamações contra as empresas de ônibus e disse que o "Procon vai começar a agir".
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