Terminou sem solução a reunião entre representantes do Conselho Municipal de Saúde e do Hospital Cataguases com o prefeito Cesinha Samor, vereadores e alguns secretários municipais que tratou sobre o repasse de recursos para o Pronto Socorro Municipal. O encontro começou pouco depois das 16 horas desta segunda-feira, 17 de março, e aconteceu no Gabinete do Prefeito de Cataguases. Após cerca de uma hora e meia os participantes decidiram marcar nova reunião para esta terça-feira, 18, às 15 horas, no mesmo local e com a presença do Promotor de Justiça Rodrigo Ferreira de Barros e do Superintendente Regional de Saúde de Juiz de Fora, Cláudio Reis.

De acordo com informações prestadas pelos representantes do Hospital de Cataguases ao Site do Marcelo Lopes, aquela instituição não pode quebrar o contrato e interromper o atendimento abruptamente do Pronto Socorro, mas a advogada daquela Casa de Saúde, Patrícia Mendonça, lembrou que os "médicos podem deixar de atender caso não recebam seus salários uma vez que eles são prestadores de serviço e não tem vínculo empregatício com o hospital". Maria Inês Dal Bianco, administradora daquela Santa Casa, lembrou que foram contratados "mais de cinquenta médicos" que se revezam no atendimento do Pronto Socorro diariamente.

A participação de Cláudio Reis e do promotor Rodrigo de Barros (foto ao lado) terá como objetivo encontrar uma solução para o impasse que tenha a aceitação do Ministério Público e da Regional de Saúde. Segundo a reportagem do Site apurou junto a alguns participantes da reunião, a presença do Promotor de Justiça vai orientar sobre o contrato assinado entre o Município e o Hospital, que tem aval do Ministério Público garantindo o repasse pela Prefietura de R$450 mil mensais para o Pronto Socorro do Hospital Cataguases que está funcionando há mais de quarenta e cinco dias e agora precisa pagar os funcionários contratados e não tem recursos para isto. A reportagem do Site apurou também que existe a possibilidade do valor do repasse ser menor do que o celebrado em contrato, o que acarretaria em redução do número de médicos contratados.

Já a presença de Cláudio Reis (foto ao lado) se faz necessária, ainda segundo apurou o Site, porque se quer prioritariamente, que Governo do Estado comece a efetuar os repasses de recursos para o Hospital conforme está assegurado através de convênio assinado ano passado pelo governador Antônio Anastasia - durante sua visita a Cataguases - e o Provedor do Hospital, José Eduardo Machado. Até hoje nem um centavo foi depositado na conta bancária do Hospital referente àquele convênio, revelou um dos presentes, acrescentando que agora, "a conta está sendo cobrada da Prefeitura". A mesma pessoa completou dizendo que a única certeza neste momento é que o Hospital está no prejuízo e que "não tem a menor condição de honrar este compromisso sem receber a verba garantida em contrato".