Os homenageados com o vereador Vinicius e os proprietários da empresa incendiada
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Os dois projetos de lei enviados pelo Executivo para serem votados na sessão ordinária desta terça-feira, 11 de março, pelos vereadores de Cataguases, tiveram sua votação adiada por conta de dois pedidos de vistas feitos pelos vereadores Walmir Linhares e Antônio Batista Pereira, o "Beleza". Os dois tratavam de permuta de terrenos que a Prefeitura pretende fazer, mas para aqueles dois representantes do Legislativo, precisam ser "melhor avaliados antes de serem votados".
A sessão foi presidida pelo vereador Maurício Rufino, membro da Mesa Diretora, que vai abdicar de suas funções porque, recentemente aprovado no exame da OAB, tornou-se advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil e, por isso, não pode exercer o cargo. Ele recebeu elogios de seus pares pela conquista e ao final agradeceu o "presente" ao vereador Fernando Pacheco Fialho, que transferiu a presidência daquela sessão ao colega como forma de homenageá-lo e em retribuição ao apoio durante o período em que compôs a Mesa daquela Casa.
O ponto alto da sessão, porém, ocorreu logo no início quando o vereador Vinicius Machado, entregou uma Moção de Congratulação à Defesa Civil de Cataguases. Compareceram ao Legislativo para receber a homenagem o coordenador daquela entidade, Carlos Henriques Pires Júnior e os companheiros Carlos Alexandre Rodrigues Faria (Tico Tico), Wanderlei Tavares de Brito e Sidimar da Silva Barbosa. Eles representaram os outros quatro colegas que estavam trabalhando: Marco Aurélio Loureiro, Jozan Alencar, Luiz Antônio da Silva e Marcelo de Oliveira Rocha.
Na madrugada de dia 11 de janeiro deste ano um incêndio de proporção significativa para os padrões de Cataguases, que não tem uma guarnição do Corpo de Bombeiros, destruiu quase totalmente uma fábrica de doces na Taquara Preta. Os rapazes da Defesa Civil foram chamados e apenas com um caminhão pipa conseguiram apagar as chamas evitando com isso que o fogo se alastrasse para as empresas vizinhas, o que poderia se configurar uma tragédia. Por conta deste trabalho, e de outros também relevantes, o vereador Vinicius Machado decidiu homenagear a equipe da Defesa Civil de Cataguases com uma moção de Congratulação.
No Grande Expediente o vereador Fernando Pacheco fez um discurso em defesa do funcionalismo público, o qual pertence e que o ajudou a eleger-se. Ele discorreu sobre a importância desta categoria profissional, refutou as acusações de que "funcionário público não trabalha" e destacou que defende uma mudança na forma como estes profissionais são tratados, dizendo-se favorável à demissão daqueles que não corresponderem às expectativas e não cumprirem suas obrigações. Ele também juntou-se aos colegas que fizeram um abaixo assinado com cerca de trinta assinaturas de servidores públicos municipais pedindo providências contra as acusações feitas por um vereador a toda a categoria.
Geraldo Majella Mazzini, Secretário da Mesa Diretora, também discursou na Tribuna quando festejou a aquisição do cinema pelo município. Ele também lembrou que o governador Anastasia, em uma de suas visitas à Cataguases comprometeu-se em custear as obras de reforma do Cine Edgard, acrescentando não ter dúvidas de que o governador de Minas honrará com sua palavra. Majella também foi solidário aos servidores que se sentiram ofendidos com as possíveis ofensas direcionadas àquela categoria seguindo a mesma linha de raciocínio de seu colega Fernando Pacheco. Majella ainda lembrou que foi "servidor público municipal durante dezessete anos" e que sente orgulho desta fase de sua vida.
O último a discursar foi o mecânico de bicicleta, Adolfo Vecchi do Vale, que se propôs a responder à pergunta "Por que Cataguases nunca teve prefeito reeleito?". Dentre outras razões citadas, ele revelou: "E o sistema é bruto, ele atropela todos os valores individuais do candidato eleito". E completou: "Quem manda é o sistema". Ele disse já ter feito diversas sugestões de melhorias no trânsito à Catrans sem nunca ter sido atendido. Reiterou ter trabalhado para a vitória do atual prefeito, acrescentando que se ele não corresponder não vai votar nele novamente. E encerrou lembrando que o governante precisa ouvir a voz do povo porque "a população terá sempre razões para mudanças de 4 em 4 anos".
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