Em 05/02/2014 às 07h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
A primeira sessão ordinária de 2014 da Câmara Municipal de Cataguases, ocorrida na noite desta terça-feira, 4, tratou de dois Projetos de Lei e seis Requerimentos já previstos na pauta. Do Executivo, o Projeto de Nº 53/2014, que "institui normas para o transporte público e gratuito no Município de Cataguases", foi sobrestado porque apresentou problemas no texto que já havia passado por averiguação dos vereadores e continuou com falhas. Outra questão levantada foi a demora para a entrega do Projeto com as possíveis alterações solicitadas pelos vereadores em apreciação anterior. Segundo o vereador Vinícius Machado, o texto foi entregue depois das 15h do dia da reunião (terça-feira) e o vereador José Augusto Titoneli aproveitou para destacar que o Projeto não possuía sequer a chancela do Executivo.
O outro Projeto de Lei aprovado foi o de Nº 55/2013, que "dispõe sobre denominação de "Rua Carlos Pinto da Silva" a logradouro público de Cataguases foi aprovado por unanimidade e o seu autor, vereador Paulo Sergio Ventura Ribeiro (Aritana) recebeu elogios de seus colegas de plenário. Em seguida teve início o Grande Expediente, quando Carlos Magno de Melo Nobrega, o Maguinho, e os vereadores Serafim Couto Spíndola e Geraldo Majella Mazini fizeram uso da palavra ao ocupar a Tribuna da Casa.
O primeiro a se manifestar foi Maguinho (foto), quando comentou a instalação de Telefonia Móvel nos Distritos e as emendas parlamentares que Cataguases recebeu em 2013. Ele aproveitou para dizer sobre a postura do prefeito Cesinha Samor ao demitir servidores sem a preocupação de avisá-los e disse que o prefeito deve ter mais respeito para com aqueles que trabalham na Prefeitura. Maguinho, que era, até meados de janeiro deste ano, servidor da Secretaria de Saúde saída disse que tomou a decisão de deixar o cargo porque não queria mais fazer parte "de tudo o que está acontecendo na gestão" e revelou que funcionários daquela pasta sofrem perseguições.
O vereador Serafim também assumiu uma postura crítica em relação ao atual governo, e disse que Camilo Vória, assessor de comunicação da Prefeitura, tentou desmoralizá-lo através das redes sociais, quando ele fez uma crítica à situação do Cemitério Municipal que estava tomado por "um matagal". Serafim reiterou que o Cemitério – naquele dia – estava, sim, cheio de mato chamando em seguida o assessor de "mentiroso", reiterando que uma torrente de comentários na rede social já havia esclarecido essa questão. Outro assunto que Serafim disse estar preocupado é com os restos a pagar deixados pela Prefeitura para 2014, cujos valores seriam da ordem de R$8 milhões.
Este assunto foi reiterado pelo vereador Majella (foto) que também tratou a questão com pragmatismo, mas esclareceu que o valor de restos a pagar deixados para este ano é cerca de 50% menor do que o valor divulgado no Portal da Transparência da Prefeitura. Após conversa que teve com o secretário municipal de Fazenda, Paulo Sérgio Ferreira de Souza (Paulete), o vereador destacou que depois de divulgado o valor de restos a pagar, muitos desses compromissos foram acertados, pois a quitação estava planejada. Por questões de manutenção de computadores da Prefeitura, o valor real dos restos a pagar não pôde ser apresentado pelo secretário titular da Fazenda, explicou Majella. O vereador Titoneli abriu mão de se pronunciar no Grande Expediente, mas elogiou o presidente da Mesa Diretora, vereador Fernando Pacheco Fialho, pela iniciativa da realização do concurso público para provimento de vagas de trabalho naquela Casa. (Fotos: Paulo Victor Rocha)
Autor: Paulo Victor Rocha