O motorista de táxi, Jurandir Teixeira Rocha, que tem ponto na Praça Santa Rita, em Cataguases, foi vítima de um assalto a mão armada na noite desta quarta-feira, 15 de janeiro. Por causa de uma atitude não recomendada pela policia, ele deu sorte, frustrou a tentativa e saiu ileso do incidente. 

Conforme contou à reportagem do Site do Marcelo Lopes, nesta manhã de quinta-feira, 16, por volta das dez horas da noite ele foi abordado por um homem moreno, "quase mulato, aparentando idade entre 45 e 50 anos, que vestia um macacão de uniforme, sem logomarca da empresa e calçando botina" querendo ir até a Indústria da Aurora, na estrada Cataguases-Leopoldina. 

"Quando dei o preço de quarenta reais ele pediu desconto dizendo que só tinha trinta reais no bolso e precisava chegar lá o mais cedo possível porque estava atrasado para o serviço", revelou Jurandir, que aceitou a contraproposta do cliente para encerrar o expediente do dia. Apesar de sua experiência no ramo em que trabalha há dez anos, Jurandir, assim que entrou na estrada, foi surpreendido pelo "passageiro" que lhe colocou um revólver no ouvido direito e anunciou o assalto.

- Na mesma hora em que colocou a arma dentro do meu ouvido ele disse para eu manter as duas mãos no volante e que queria o meu carro e a minha carteira, acrescentando que poderia pegar o carro hoje cedo na entrada da cidade do Rio de Janeiro, contou Jurandir. Ainda segundo o motorista de táxi, naquele momento "minha cabeça ficou a mil e comecei a pensar rápido numa maneira de não perder o meu carro. Aí disse pra ele que ia parar em frente ao motel Mirai, pois lá tinha acostamento e quando fiz a curva para entrar, minha intenção era invadir o motel, mas acabei batendo a frente do carro no muro. O ladrão ficou meio desnorteado e saiu correndo do carro em direção a Cataguases e não foi mais visto",  completou.

Com o barulho provocado pelo impacto do veículo, um Corolla, os funcionários do Motel vieram ver o que se passava e depois de reconhecerem Jurandir chamaram a Policia que fez um rastreamento nas imediações em busca do ladrão sem, no entanto, obter êxito. Jurandir disse que a ação criminosa lhe deu um prejuízo de cerca de "três mil reais porque na batida quebrou o pará-choque dianteiro". Ele nada sofreu, mas disse também não aconselhar ninguém a fazer o que ele fez. "Sei que corri um sério risco de morte, mas na hora não lembrei de nada a não ser tentar evitar perder o meu carro",  finalizou ele que nesta manhã estava trabalhando normalmente.