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A Secretaria de Saúde de Cataguases, através da Coordenadoria de Epidemiologia, alerta a população sobre os riscos da Leptospirose, doença infecciosa febril aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria que é transmitida aos seres humanos por animais de diferentes espécies, como roedores, suínos, caninos e bovinos. Em 2013, foram dois casos notificados no município e um deles levou o paciente a óbito.
De acordo com a coordenadora municipal Epidemiologia, Lívia Machado Milani, "a transmissão dessa doença ocorre principalmente através do contato com a água ou lama contaminada por urina dos animais portadores, sobretudos os ratos, e a penetração da Leptospirose no corpo, através da pele, é facilitada pela presença de ferimentos", destacou Lívia, lembrando que outra forma de transmissão é através da ingestão de água ou alimentos contaminados.
No período das chuvas, época em que ocorrem inundações e enchentes, os casos de Leptospirose são mais recorrentes e quando uma pessoa contrai a doença, os sintomas são semelhantes aos de outras doenças, como gripe, dengue e hepatites: febre, dor de cabeça, dores no corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna). Na forma mais grave da doença, pode aparecer icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas), manifestações hemorrágicas e comprometimento dos rins. Os principais sintomas aparecem de dois a trinta dias após a contaminação, mas na maioria dos casos, eles surgem de sete a quatorze dias depois do contato.
Lívia destaca que a prevenção da doença é muito importante e todos os cuidados devem ser tomados. "Deve-se evitar o contato com água ou lama que possam estar contaminadas pela urina de ratos. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha. Medidas como controle de roedores, obras de saneamento básico e melhoria nas habitações humanas também ajudam na prevenção", lembra a coordenadora de Epidemiologia. Como os ratos são os principais portadores da bactéria causadora da Leptospirose, a Coordenadoria de Epidemiologia ressalta as principais medidas para evitá-los:
• Manter os alimentos armazenados em vasilhames tampados e à prova de roedores;
• Acondicionar o lixo em sacos plásticos em locais elevados colocando-o para coleta pouco antes de o lixeiro passar;
• Caso existam animais no domicílio, retirar e lavar os vasilhames de alimento do animal todos os dias antes do anoitecer, pois eles também podem ser contaminados pela urina de rato;
• Manter limpos e desmatados os terrenos baldios;
• Jamais jogar lixo à beira de córregos, pois, além de atrair roedores, o lixo dificulta o escoamento das águas, agravando os problemas de enchente;
• Gramas e matos devem ser mantidos roçados, para evitar que sirvam de abrigo para os ratos;
• Fechar buracos de telhas, paredes e rodapés, para evitar ingresso de ratos para dentro de sua casa;
• Manter as caixas d’água, ralos e vasos sanitários fechados com tampas pesadas;
• Lembre-se: uma vez instalados em um determinado local, os ratos começam a se reproduzir, multiplicando-se rapidamente, o que dificulta o seu controle e aumenta o risco de transmissão da doença.
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