Os amantes do rock and roll ouviram o melhor de Creedence
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Chuva, calor humano e muito rock and roll, e dos bons, na noite desta sexta-feira, 13 de dezembro. Enquanto lá fora a água caía ininterrupta, o que certamente contribuiu para deixar alguns em casa, o interior do Anfiteatro Ivan Müller Botelho produzia uma energia positiva e contagiante graças aos músicos cataguasenses da Bad Moon Rising, a banda cover do Creedence Clearwater Revival, que também toca o velho e bom estilo country. A plateia foi ao delírio em quase duas horas de show e, depois vinte e três canções executadas, pediu bis. O evento foi mais uma iniciativa do Produto Usina Cultural que tem produção de Fausto Menta, apoio da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e patrocínio da Energisa através da Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Vale destacar aqui o espaço que o Usina dedica aos músicos da terra, importante apoio para que estes novos talentos se firmem na cena musical.
Uma banda cover tem uma responsabilidade imensa, já que pretende, digamos, "substituir" a original desde o repertório até a interpretação das canções. E A Bad Moon Rising sente-se extremamente à vontade neste papel. O peso que o nome Creedence Clearwater Revival tem, ao invés de intimidar, parece ser um incentivo a mais para os músicos fazerem ainda melhor e se entregarem definitivamente à apresentação. O repertório, aliás, foi cuidadosamente escolhido e prestigiou não só os super sucessos da antológica banda norteamericana como também outras canções de excelente qualidade mas que não ganharam o grande público. O country também não foi esquecido e a Bad Moon presentou a plateia com belíssimas canções e deliciosas interpretações. Na maioria do tempo foi difícil ficar sentado ouvindo os rapazes, a todo o vapor, cantando aqueles sucessos todos.
Em sua segunda apresentação em Cataguases, a Bad Moon Rising deixou de lado um pouquinho o cover - acertadamente, é preciso dizer - para cantar uma canção feita pelo grupo. A excelente "Blues da Madrugada", que pode ganhar outro nome em definitivo (uma pena), conforme revelou o vocalista Mauro de Souza com seu timbre marcante antes do primeiro acorde, é um primor, uma canção inesquecível e foi, sem dúvida, um dos principais momentos do show. Outra excelente intervenção foi a de Giovani Damião com preciosos solos de gaita. Arrepiaram. Aliás, solos de guitarra também permearam toda a apresentação e um dos responsáveis por eles é o experiente e seguro Roberto Catroli. E como uma banda de rock clássico que se preza tem uma bateria de peso e um contrabaixo que faz aquele "algo mais", porém marcante e preciso, a Bad Moon acerta outra vez com Frederico Ruback e Douglas Godinho. O primeiro, não deixa dúvida: Isso aqui é mesmo rock and roll, e o segundo reforça os graves com ponteios muito bem elaborados enfeitando com maestria as antológicas canções que embalaram toda uma geração. E pelo visto, ainda tem muitos fãs.
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