A equipe recebeu treinamento na Gerência Regional de Saúde de Leopoldina
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Com o objetivo de treinar e capacitar os agentes de combate a endemias de sua área de atuação, foi realizado pela Gerência Regional de Saúde (GRS), em Leopoldina, nos dias 20, 21 e 22 de novembro, um curso intensivo sobre ações de bloqueio de transmissão da dengue, tendo em vista a aproximação do período considerado de intensa ocorrência de casos da doença. Conforme explicou o coordenador do Núcleo de Controle de Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases, Alencar Francisco Norte Júnior, este trabalho de bloqueio deve ser iniciado tão logo seja notificado qualquer caso suspeito de pessoas com os sintomas da dengue, "mesmo antes de se obter os resultados laboratoriais, com o intuito de prevenir e combater o vetor, no caso o mosquito Aedes aegypti".
Participaram do treinamento dois agentes de Cataguases, além do próprio coordenador Alencar Norte, que informou que os conhecimentos obtidos durante a capacitação serão repassados aos demais agentes da cidade. "Vale ressaltar que as ações de combate ao vetor não param e é de suma importância a participação de todos, fazendo a vistoria regular de seus quintais e observando se há neles acúmulo de água parada, pois com o alto índice de chuvas que caiu nos últimos dias, cresce ainda mais a nossa preocupação com a proliferação do vetor", disse o coordenador.
Uma das grandes preocupações do Núcleo de Controle de Endemias é o avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil e já encontrado em Cataguases. "Não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os tipos 1, 2 e 3, mas pela entrada em ação de mais uma variação do microorganismo", explica Alencar Norte. Segundo ele, os quatro tipos de vírus causam os mesmos sintomas e a pessoa infectada por um vírus cria imunidade a ele. "Ou seja, a pessoa só pode ter dengue quatro vezes", resume. O diferencial, no entanto é que o tipo 4 foi introduzido recentemente no país, "de modo que poucas pessoas têm imunidade a este tipo, o que pode causar uma grande epidemia". Com relação aos casos graves da doença, como a evolução para a dengue hemorrágica, Alencar explica que tem muito mais a ver com o organismo da pessoa infectada do que com o vírus em si. "Se a pessoa tem uma doença crônica ou se está com a imunidade baixa, por exemplo, em função de uma outra doença recente, qualquer dos tipos do vírus pode evoluir para um quadro mais grave", concluiu.
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