A sessão ordinária da Câmara Municipal de Cataguases, realizada na noite da última terça-feira, 3 de dezembro, mobilizou os vereadores em torno da discussão sobre qual seria o percentual ideal de remanejamento de recursos no Orçamento 2014 pelo Executivo. Este ano, Cesinha pôde remanejar trinta por cento das receitas. Na sessão de terça-feira, porém, foi apresentada uma emenda ao projeto de lei reduzindo este número para 25%. O Projeto acabou sendo retirado da Pauta de Votação para que as Comissões internas daquela Casa analisem a nova proposta de remanejamento. 

A discussão sobre o assunto contou com a presença de Camilo Vória (foto abaixo), diretor do jornal oficial do Município "Cataguases" e Mauro Fachini, funcionário de carreira da Secretaria Municipal de Fazenda, que fizeram uso da palavra e defenderam a aprovação de um percentual de 40% de remanejamento para o próximo ano. O vereador Serafim Couto Spíndola entrou na discussão para dizer que "o número estipulado pela emenda é suficiente para 2014, conforme relatou o próprio o secretário municipal de Fazenda, Paulo Sérgio Ferreira de Souza (Paulete)", em recente conversa com ele, conforme assegurou Serafim.

O secretário da Mesa Diretora da Câmara, vereador Geraldo Majella Mazini, falou com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes na tarde desta quinta-feira, 5 de dezembro, quando destacou que a proposta de reduzir o percentual de remanejamento de recursos do Orçamento é positiva, "porque obriga o Executivo a realizar um planejamento cuidadoso das ações", mas, conforme lembrou Majella, este não é o momento certo para estipular apenas 25% de remanejamento. "Devemos diminuir o percentual progressivamente, para chegarmos ao valor pretendido", defende o vereador. 

Analisando a realidade peculiar de 2014, Majella estuda a possibilidade de propor uma emenda sugerindo 35% de remanejamento, lembrando que "a intenção é chegar a percentuais menores nos próximos anos, mas sempre com atenção, porque um erro nesse sentido pode engessar as ações do Executivo e prejudicar o município", completou o vereador. O percentual de alteração na aplicação dos recursos do Orçamento que será aprovado pelos vereadores dá liberdade à Administração Municipal porque permite ao prefeito repassar recursos livremente até o limite estipulado nesta lei de Orçamento sem precisar da aprovação dos vereadores.