Foi lançada nesta terça-feira, 19 de novembro, em Brasília, a campanha nacional contra a dengue intitulada "Não dê tempo para a dengue", e que é encabeçada pelo ex-jogador de futebol Cafu. Na oportunidade, o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa informou que o país tem 157 municípios em situação de risco de dengue e outros 525 em alerta, a maioria na região Nordeste. As cidades consideradas em risco, ou com sinal vermelho, são aquelas onde foram encontrados focos de dengue em mais de 4% das residências visitadas. Já os municípios em alerta ou sinal amarelo são aqueles em que houve foco em 1% a 3,9% dos domicílios, números que foram obtidos durante o Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRA), que mediu o nível de infestação pelo mosquito em 1.300 cidades brasileiras. Ao todo, foram encontrados focos de dengue em duas a cada cem casas pesquisadas durante o levantamento, conforme revelou o secretário.

Em Cataguases, o LIRA, realizado no final de outubro, apurou um índice de infestação de 2,20%, o que coloca a cidade entre as 525 em sinal de alerta. "O Ministério da Saúde preconiza como ideal índices abaixo de 1%, o que demonstra que a população ainda não se conscientizou totalmente da necessidade de participar do mutirão que é o combate ao mosquito transmissor da doença", alerta o coordenador do Núcleo de Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases, Alencar Francisco Norte Júnior. 

Ele também informou que nesta terça-feira foram encerrados os trabalhos nos distritos do município, onde foram realizados Levantamento de Índices (LI). "As amostras colhidas já foram enviadas para análise e em alguns dias poderemos divulgar a situação dos distritos de Cataguases. É sempre bom lembrar que estes levantamentos nos dão um panorama prévio do que pode acontecer nos próximos meses, quando aumentam as chuvas e a possibilidade de proliferação do mosquito aumenta, já que sua larva se desenvolve em água limpa e parada. Isto se a população não tomar iniciativas preventivas, como manter seus quintais limpos, caixas d’água tapadas, entre outras atitudes que impedem o desenvolvimento do Aedes aegypti", advertiu.