Foi realizada no período de 11 e 14 de novembro, a primeira parte da capacitação de 25 profissionais pertencentes às Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social, e também membros da sociedade que lidam diretamente com adolescentes, policiais civis e militares, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e pedagogos do Projeto Afetivo Sexual -   Adole SER – Cataguases, uma  parceria entre a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases e a Prefeitura, com  o apoio financeiro da Bauminas e executado pela Integrar – Consultoria em Educação, Saúde e Desenvolvimento Social Ltda. 

O Projeto Adole SER - Cataguases tem como objetivo, através de dinâmicas de grupos e baseando-se em  ações intersetoriais planejadas de forma integrada pelas secretarias municipais, promover mudanças no modo de pensar e agir dos nossos adolescentes ao abordar temas como valores, respeito a si próprio e ao outro, violência sexual, métodos anticoncepcionais, gravidez na adolescência, respeito entre as diferenças, uso de drogas, vulnerabilidade, entre outros, "tudo abordado de uma maneira efetiva e de uma forma contínua, por profissionais capacitados e de grupos multisetoriais", explica a idealizadora do projeto, a médica ginecologista e membro titular do Conselho Municipal da Mulher, Maria Ângela Girardi. 

Segundo ela, a segunda parte da capacitação está programada para o mês de fevereiro e, logo após a conclusão, serão realizados trabalhos com os jovens. "Para isso, será montado um planejamento pedagógico para que se efetive o projeto no próximo ano letivo, que inclua dinâmicas construtivas com os adolescentes relacionadas aos temas. Nossa expectativa é que a iniciativa seja parte da grade curricular do ano que vem, a princípio como um projeto piloto, com alunos de escolas com horário integral", explicou Maria Ângela que vai se reunir com a Secretária Municipal de Educação na próxima terça-feira, 26 de novembro para avaliar o andamento desta primeira etapa e iniciar os trabalhos referentes à segunda parte da capacitação, que acontece na sede da FIC/Unis.

"O projeto já existe há alguns anos, mas há dificuldade em seu funcionamento, já que as educadoras não se sentem preparadas e não existe um espaço na grade curricular para que ele se desenvolva o projeto. Agora, com a equipe multidisciplinar e com esta tentativa de se criar um plano pedagógico para as escolas pertencentes ao projeto piloto, acredito que possamos ter êxito", finalizou a médica.