os trabalhadores compareceram em massa à Assembleia
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A proposta de acordo salarial feita pelas empresas do Grupo Energisa aos seus trabalhadores foi rejeitada por ampla maioria de votos. 247 empregados votaram pela não aprovação e outros 57 foram favoráveis. Com o resultado, as partes deverão voltar a se encontrar na Justiça do Trabalho onde corre um processo de dissídio coletivo instaurado pelo Sindicato da categoria
A concorrida Assembleia Geral Extraordinária que votou a proposta das empresas demonstrou, segundo o presidente do Sindicato, "o interesse pelo assunto e a união da categoria em torno de um acordo salarial justo", disse Marcelo Furtado Sarmento. Ainda, segundo ele, vieram trabalhadores de várias cidades da região.
Devido ao Dissídio Coletivo, a Justiça do Trabalho realizou a primeira audiência de conciliação no último dia 17, na Vara do Trabalho em Cataguases. Durante o encontro, representantes da Energisa fizeram uma nova proposta à categoria com o pedido de que ela fosse levada para decisão da Assembleia, o que motivou a votação desta noite e a sua consequente derrota.
A campanha salarial dos trabalhadores da Energisa começou no dia 1º de Maio, mas após várias reuniões entre representantes da classe e das empresas nenhum acordo foi alcançado o que motivou o Sindicato a pedir na Justiça o dissídio coletivo. A categoria aguarda, agora, o agendamento de nova audiência de conciliação na Justiça do Trabalho.
Desde o início das negociações, em maio, conforme apurou a reportagem deste Site, ficou claro a intenção da Energisa de iniciar um processo de redução do valor do ticket alimentação dos trabalhadores. A tentativa foi percebida imediatamente pela categoria que não aceita abrir mão de manter o valor do ticket em um salário mínimo mensal. A empresa propõe aumentar este benefício para R$665,35. A pequena diferença para o atual valor do salário mínimo (R$678) é ilusória, na ótica dos trabalhadores. Eles lembram que em janeiro este valor será R$725, o que deixaria o ticket ainda mais defasado e, consequentemente, deixaria mais distante a possibilidade de voltar a se equiparar ao salário mínimo.
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