Neste sábado, o Festival começou com a apresentação dos seis sambas classificados para a final na etapa realizada em Além Paraíba no dia 28 de setembro. Um dos classificados, porém, não pôde comparecer e os cincofinalistas disputaram o prêmio de melhor samba deste ano. Ao final, o apresentador do evento, Marcos Paulo Albuini, anunciou os vencedores. O primeiro lugar foi para a canção "Respeite o Mar", de Carlos Henrique, o Sorriso, um cataguasense radicado no Rio de Janeiro que contou, inclusive, com uma animada torcida. O anúncio da vitória o deixou emocionado e o fez comemorar bastante. Ele recebeu um troféu e um cheque no valor de R$5 mil das mãos do presidente da Energisa, Gabriel Alves Pereira Júnior.

O segundo colocado foi "Alguidar", de Gabriela Buarque, do Rio de Janeiro, que recebeu sua premiação das mãos assessor do Governador de Minas Gerais, José Emílio Afonso, que é natural de Miraí, e o terceiro lugar ficou com o samba "Ouro de Minas", interpretado por Carlos Fernando, tendo recebido seu prêmio das mãos do produtor e organizador do evento, Fausto Menta. Quem ganhou como melhor intérprete foi Angélica Costa, que veio de Belém (PA). Ela também recebeu um cheque no valor de R$5 mil e um troféu das mãos do vice-prefeito de Miraí, Jaime Vargas. O prefeito daquela cidade, José Ronaldo Milani, na sequência, fez a entrega de placas de prata a diversas autoridades e ao presidente da Energisa, Gabriel Alves Pereira Júnior e Mônica Botelho, presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, todos pelo apoio dado àquele município.

O presidente da Energisa, agradeceu as homenagens e disse que o Festival de Samba e Petiscos foi idealizado por Mônica Botelho "uma pessoa voltada para a Cultura e cujas ideias e iniciativas são sempre coroadas de êxito e sucesso". Ele parabenizou o organizador e produtor do Festival, Fausto Menta, "que abraça cada projeto com muito carinho, determinação e vontade de fazer o melhor" e também ao prefeito de Miraí por ter acolhido o projeto do Festival. José Emílio Afonso também elogiou a realização do evento dizendo que ele "resgata a tradição do samba em Miraí e toda a região da Zona da Mata". José Ronaldo Milani, prefeito da cidade, avaliou o festival como "espetacular" e já pensa na edição do próximo ano. "Vamos nos preparar mais cedo e realizar uma festa melhor ainda", avisou otimista.

Logo depois, subiu ao palco Leandro Sapucahy, um dos talentosos sambistas da nova geração que está em alta no meio musical brasileiro. Ele que é diretor musical do programa "Esquenta", de Regina Casé na TV Globo, tem sucessos gravados com diversos cantores, como Marcelo D2, entre outros. Leandro lançou seu primeiro CD em 2006. Em Miraí, ele cantou seus sucessos e também as músicas de seu mais novo CD e DVD "Leandro Sapucahy - Malandro também ama", mais romântico e que revela o jeito carioca malandro de amar. Em duas horas de muito samba de ótima qualidade, o público dançou com entusiasmo e só não gostou quando o show terminou. 

O último show da noite foi realizado pelo consagrado grupo Fundo de Quintal, que surgiu no final da década de 70. Por ele já passaram sambistas como Almir Guineto, Jorge Aragão e Arlindo Cruz. Um dos diferenciais no samba do Fundo de Quintal era a maneira de falar do cotidiano e usando um ritmo diferente graças à utilizaão de instrumentos até então incomuns nas rodas de samba, como o banjo com braço de cavaquinho, que foi criado por Almir Guineto, o tantã, criado por Sereno, outro integrante da primeira formação do grupo, o repique-de-mão, criado por Ubirany, além do repique-de-anel. Com mais de trinta anos de carreira, o Fundo de Quintal apresentou um show recheado de sucessos como "A Batucada de nossos Tantãs", "E eu não fui convidado", "Boca sem dente", "Do Fundo do Nosso Quintal", entre outros. (Com a colaboração de Paulo Victor Rocha)