Muriaé adotou as medidas do Plano de Emergência Pluviométrica (PEP), proposto pelo Governo de Minas Gerais e apresentado, no início do mês, pelo vice-governador, Alberto Pinto Coelho, e pelo coordenador estadual de Defesa Civil, Cel. Luís Carlos Martins, em reunião na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

O plano traça estratégias de ação, define obras e apresenta novidades para enfrentar o período chuvoso de outubro de 2013 a abril de 2014.  O objetivo é garantir a união dos esforços e delinear ações de preparação e resposta do Governo, visando à redução dos possíveis danos e o apoio aos municípios afetados pelas chuvas.

Um dos recursos será o uso de máquinas capazes de transformar água suja e imprópria para o consumo em água potável. De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec-MG), nove mil pessoas foram capacitadas em curso técnico em Defesa Civil, em 200 municípios do estado, além disso, foram criados 11 depósitos avançados para apoiar as possíveis vítimas da chuva. O Plano inclui, ainda, a preparação da Secretaria de Estado de Saúde para atuar em casos de vítimas em decorrência das chuvas e também na prevenção de doenças típicas do período chuvoso.

De acordo com o coordenador de Defesa Civil de Muriaé, Felipe Perdigão Barbosa, o município já investe em trabalho preventivo durante todo o ano: "Realizamos várias ações por meio das vistorias e também estamos em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social para a recuperação de imóveis em risco, através do programa ABIMUR. Quando o período chuvoso de aproxima, entre outubro e março, nós lançamos o Plano de Contingência, que é o atendimento emergencial, envolvendo todas as Secretarias Municipais".

Presente no lançamento do PEP, Felipe Perdigão contou que, durante o encontro, também foi apresentada a previsão de chuva em Minas: "Tivemos informação de que, para nosso município, os meses de dezembro e janeiro serão os mais críticos, podendo os índices registrados superarem as médias históricas. No entanto, é importante destacar que este prognóstico é uma tendência, pois a previsão exata e específica só é possível obter com 72h de antecedência". 

Por meio de parcerias com as prefeituras e com o Governo Federal, o Governo de Minas está investindo em obras com o objetivo de minimizar os efeitos das chuvas em regiões historicamente atingidas. Em Muriaé, esta ação inclui o controle de encostas e intervenções de drenagem, através do PAC-Prevenção, com recursos de financiamento, contrapartida do Estado e do Orçamento Geral da União.

De acordo com a Coordenadoria da Defesa Civil, os principais pontos de risco na cidade são os trechos mais baixos, nos bairros da Barra e Encoberta, suscetíveis a alagamentos, mas que já estão sofrendo processos de intervenção; além das áreas com forte tendência a deslizamentos, como os bairros Santa Terezinha, Encoberta, São Joaquim, Aeroporto e Joanópolis.

Felipe Perdigão também ressalta que, atualmente, o foco de fiscalização da Defesa Civil Municipal está nas novas construções: "Isso porque já temos uma situação de risco consolidado com a ocupação de áreas feita de forma desordenada há mais tempo. Então, agora, o trabalho é prevenir e não tolerar mais a ocupação espontânea. Hoje, a fiscalização é para controle mesmo, para que não se criem mais situações de risco, ocupações que surgem do nada, sem planejamento técnico. As pessoas não devem executar obras sem profissionais adequados – principalmente neste período, quando é preciso evitar o movimento de corte e aterro, já que o solo sofre muitas alterações com o acúmulo de agua".

A Defesa Civil ressalta que, em qualquer situação de risco, é preciso entrar em contato pelo telefone 199.