Em 26/09/2013 às 12h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Sem acordo com a Energisa, Sindicato dos Trabalhadores instaura Dissidio Coletivo

Campanha salarial começou em maio e negociações no mês seguinte, mas, até agora, as partes não chegaram a acordo

Marcelo Sarmento, presidente do Sindicato da categoria: "o dissídio foi a alternativa que nos restou"

Marcelo Sarmento, presidente do Sindicato da categoria: "o dissídio foi a alternativa que nos restou"

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O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Cataguases ajuizou ação no Tribunal Regional do Trabalho, nesta quarta-feira, 25 de setembro, para instauração de Dissídio Coletivo visando pôr fim a impasse nas negociações salariais com a Energisa Minas Gerais e demais empresas daquele grupo. A informação foi prestada pelo presidente daquele sindicato, Marcelo Furtado Sarmento, que não descarta a possibilidade de as partes chegarem a um acordo antes do julgamento da ação.

A campanha salarial dos trabalhadores teve início no dia 15 de maio último com a entrega da Pauta de Reivindicações às empresas. Em junho aconteceu a primeira reunião entre as partes quando foi apresentada a contraproposta patronal, recusada posteriormente pela assembleia dos trabalhadores. Desde então as reuniões tem sido improdutivas até que o próprio Sindicato pediu um encontro mediado pelo Ministério do Trabalho, em Juiz de Fora. Foram realizadas duas reuniões com a participação daquele órgão sem avanço nas negociações.

Marcelo Sarmento diz que "apenas um item emperra as negociações que é o aumento do ticket alimentação. Tradicionalmente - continua o presidente do sindicato - ele é reajustado para o valor equivalente a um salário mínimo, mas, agora, as empresas estão oferecendo reajuste menor, o que a categoria não aceita", explicou. Todos os demais itens da Pauta de Reivindicações já foram acertados, inclusive o reajuste salarial que será a reposição da inflação do período e a manutenção das conquistas anteriores. "O Dissídio Coletivo não é a melhor solução, mas é a única alternativa que a empresa nos deixou", acrescentou Marcelo, que tranquiliza os companheiros revelando que "ainda podemos fechar um acordo antes do julgamento da ação".

Procurada pelo Site do Marcelo Lopes a Energisa enviou uma Nota Oficial sobre as negociações afirmando ter feito "suas propostas alinhadas com a realidade de mercado de nossa região, sempre com o foco na preservação do negócio em respeito aos colaboradores" e que desde então participa das reuniões com o sindicato "em busca de um consenso com vistas ao Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014." Na Nota a empresa afirma o interesse de "concluir a negociação em definitivo" e, para isso, "melhorou as condições dos itens anteriormente negociados", acrescentando ter feito sua última proposta ao sindicato no dia 13 de setembro e, segundo revela a Nota Oficial, "ainda não foi levada à votação dos funcionários em assembleia, conforme sempre ocorre. Em reunião de mediação - continua o texto - realizada no Ministério do Trabalho no último dia 19, a direção do sindicato optou por recusar esta proposta, sem levá-la à assembleia". A Nota termina reafirmando que a Energisa "continua aberta ao diálogo com o sindicato e espera que o mesmo submeta sua proposta aos funcionários para que possamos dar continuidade às negociações."

Marcelo Sarmento refutou a afirmação da empresa dizendo que em Assembléia realizada em maio, os trabalhadores autorizaram a direção do sindicato a decidir sem consultá-los, "inclusive nos autorizou a instaurar o dissídio coletivo, caso necessário, o que fizemos ontem (quarta-feira)", finalizou o presidente.
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Tags: Energisa, trabalhadores, sindicato, campanha, salarial





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